Após declarar lei marcial, presidente da Coreia do Sul revoga medida

Lei que restringe direitos e liberdades civis, foi rejeitada por unanimidade na Assembleia Nacional; oposição pede impeachment de Yoon Suk Yeol

Rádio BandNews FM

Após declarar lei marcial, presidente da Coreia do Sul revoga medida
Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul
Chung Sung-Jun/Pool via REUTERS/File Photo

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, anunciou nesta terça-feira (3) que revogará a lei marcial decretada nesta manhã. O pronunciamento acontece após a Assembleia Nacional votar, de forma unânime, pela rejeição do projeto.

Segundo o presidente sul-coreano, a medida seria implementada para “limpar o país de aliados da Coreia do Norte” e combater “ameaça comunista”.

Caso a lei marcial fosse adotada, a população da Coréia do Sul seria proibida de se manifestar politicamente, fazer greves, protestos ou paralizações, e a imprensa do país ficaria sob responsabilidade do Comando da Lei Marcial.

Logo após o anúncio da medida, a Assembleia Nacional foi fechada e forças especiais foram mandadas para conter os manifestantes. Mesmo com o acesso bloqueado, os deputados conseguiram fazer uma sessão emergencial e, por unanimidade, rejeitaram a lei. De acordo com a legislação do país, o presidente deve revogar a medida de forma imediata.

Agora, a oposição do governo de Yoon, liderada por Lee Jae-Myung, critica o presidente do país acusando-o de tentar usar o conflito com a Coréia do Norte para usurpar o poder. O líder de um outro partido opositor, Cho Kuk, afirmou que negociará com outras legendas a votação de um impeachment contra Yoon Suk Yeol. Ele considera o presidente uma ameaça à democracia e à Constituição.

Tópicos relacionados