Após ciberataque a operadora de oleodutos, EUA declaram estado de emergência

O ataque foi descoberto na última sexta-feira (7) e, segundo o FBI, teve produção do grupo russo DarkSide

BandNews FM

Operadora de oleodutos Colonial Pipeline sofreu ciberataque do grupo russo DarkSide, de acordo com o FBI
Reprodução/REUTERS

Após um ataque cibernético à empresa americana Colonial Pipeline, a maior na distribuição de combustíveis na costa leste americana, os Estados Unidos declararam estado de emergência no último domingo (9).

O estado de emergência engloba 17 estados e, também, a capital do país, Washington D.C.

Agora, os EUA avaliam o prejuízo causado pelo ataque, descoberto na sexta-feira (07). Desde então, as operações da Colonial foram interrompidas.

Com sua rede de oleodutos, a empresa distribuía até 2,5 milhões de barris de diesel, querosene e gasolina por dia.

O retorno ainda não é certo, mas a previsão é de que as atividades voltem a funcionar já no final dessa semana.

Em comunicado, a Colonial afirmou que tirou sistemas do ar para conter a ameaça digital, que afetou oleodutos e computadores.

A empresa ainda explicou que foi vítima de um ransomware, isto é, um software malicioso que bloqueia o acesso a dados e que, para liberá-los, exige um pagamento monetário.

De acordo com o FBI, os responsáveis já têm nome: o grupo russo DarkSide, que no passado utilizou os mesmos métodos visando grandes empresas do Ocidente.

A agência de investigação federal dos EUA também já divulgou detalhes sobre o malware para prevenir a infecção de outros sistemas digitais.

Desde que descoberto o ataque, a operadora de oleodutos vem trabalhando em conjunto do Governo Federal estadunidense.

Para aliviar a possível falta de combustíveis no leste do país, o governo autorizou que caminhoneiros e motoristas carregando produtos refinados possam trabalhar horas extras, flexibilizando a jornada dessas pessoas.

Nesta segunda-feira (10), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursou na Casa Branca sobre os ataques cibernéticos.

Ele disse que está preparado para tomar mais medidas dependendo de quão rápida a empresa será no retorno completo do funcionamento de seus oleodutos.

O presidente democrata ainda negou que haja comprovado envolvimento do governo russo nos ataques.

Confira a coluna do correspondente do grupo Bandeirantes nos EUA, Eduardo Barão, sobre esse caso:

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