Após audiência, Justiça mantém prisão do ex-deputado Roberto Jefferson

Ele também está sendo investigado por tentativa de homicídio depois de atirar contra policiais federais ao resistir ao mandado de prisão no domingo (24)

Rádio BandNews FM

Um relatório da corporação apontou que Roberto atirou pelo menos vinte vezes contra agente Foto: Agência Brasil
Um relatório da corporação apontou que Roberto atirou pelo menos vinte vezes contra agente
Foto: Agência Brasil

A Justiça mantém a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson, após audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (24). Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, o político vai ser transferido para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

O político passou a noite preso no Presídio de Benfica depois de ter sido detido no domingo (23) em Conselheiro Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro. Ele resistiu a ação de policiais federais que cumpriam mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes.

Um relatório da corporação apontou que Roberto atirou pelo menos vinte vezes contra agentes. Dois policiais ficaram feridos por estilhaços de granada lançada pelo ex-parlamentar.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o político disse que não teve a intenção de ferir os agentes. Roberto foi preso após negociação que durou mais de seis horas.

O Exército instaurou um processo administrativo para apurar por que Jefferson armazenava armas no Rio, sendo que a licença de colecionador, caçador e atirador do político estava suspensa.

Um cinegrafista da rede Globo foi agredido, em meio a confusão, por apoiadores do ex-parlamentar. O autor do ataque foi identificado pela Polícia Civil e deve prestar depoimento em breve. Diogo Resende, de 41 anos, é assessor da Câmara Municipal de Três Rios e um pedido de exoneração já foi encaminhado.

O ministro Alexandre de Moraes revogou a prisão domiciliar de Roberto Jefferson, por considerar de que o político desobedeceu as medidas de garantia da cautelar. Segundo a decisão, ele não se manteve longe das redes sociais e fez ofensas à ministra Cármen Lucia.

Além da prisão judicial, Roberto Jefferson também foi preso em flagrante sob a acusação, inicial, de tentativa de homicídio, sem prejuízo de eventuais outros crimes cometidos durante a ação.