Apagão não mexeu com votos, mas ampliou rejeição a Nunes, diz diretor do Paraná Pesquisas

Murilo Hidalgo analisou os números da mais recente pesquisa divulgada pelo instituto, que mostra uma pequena oscilação nas intenções de voto em SP; Ricardo Nunes permanece à frente de Boulos

BandNews FM

O diretor do instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, concedeu uma entrevista exclusiva à BandNews FM e falou sobre a mais recente pesquisa divulgada sobre as eleições para a prefeitura de São Paulo.

Divulgada nesta quarta-feira (16), o levantamento mostra que o atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), apresentou uma leve oscilação para baixo, mas manteve a liderança nas intenções de voto no segundo turno.

O emedebista aparece com com 52,3% da preferência do eleitorado – eram 52,8% na pesquisa da última semana. Já Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 39,2% das intenções de voto e também oscila, desta vez para cima, mas dentro da margem de erro. No último levantamento, o psolista tinha 39% da preferência dos eleitores.

Na avaliação de Hidalgo, o apagão em São Paulo - ocorrido na última sexta (11) e que ainda deixa milhares de pessoas sem energia até o momento - não mudou as intenções de voto do eleitor paulistano e que mora na capital paulista. No entanto, houve um aumento fora da margem de erro da rejeição ao atual prefeito.

Rejeição preponderante

Para Murilo, Boulos só tem uma chance de vencer o pleito caso aumente ainda mais a rejeição de Nunes - ou diminua a dele próprio, algo considerado difícil. Em relação à rejeição, Guilherme Boulos lidera. São 48% dos eleitores que rejeitam o nome do candidato do PSOL; Ricardo Nunes é o mais rejeitado para 36,1%.

"Está estável [a rejeição do Boulos]. Ele não consegue abaixá-la. Não aumenta voto e tem rejeição estável. Esse é o grande problema de Guilherme Boulos. Se ele virar o prognóstico das pesquisas, ele ganha por muito pouco", analisou Murilo.

Hidalgo foi além e concordou com a avaliação do âncora Luiz Megale, que disse que somente uma "bomba atômica" ou algo "muito incomum e inesperado" pode alterar o cenário posto na capital paulista.

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