Apagão persiste em São Paulo e 900 mil consumidores seguem sem luz

Enel fala em “evento climático extremo” e afirma estar com equipes reforçadas para atender a população; falta água em bairros e cidades da região metropolitana

BandNews FM

Árvore caída derruba rede elétrica e deixa casas sem luz na Zona Sul de São Paulo
Foto: Ouvinte BandNews FM

Cerca de 900 mil paulistanos seguem sem energia na cidade de São Paulo neste domingo (13). Bairros da capital e cidades vizinhas completaram mais de 36 horas sem energia depois de um forte temporal que caiu na sexta-feira (11). Também falta água em algumas localidades e os semáforos seguem inoperantes em vias importantes da maior cidade do país.

A Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia, diz estar comprometida no restabelecimento do serviço e afirma que reforçou as equipes nas ruas. A companhia, no entanto, alega não ser possível estipular um prazo para resolver todos os problemas para não frustrar os clientes.

Ainda segundo a empresa, um “evento climático extremo” com ventos de 100 km/h danificou 17 linhas de alta tensão e destruiu partes da rede aérea da companhia.

Insatisfeitos com o atendimento da concessionária, clientes ainda denunciam descaso nos canais de comunicação da empresa e afirmam terem sido informados de que a luz só voltaria na segunda. Alimentos já estragaram nas geladeiras, elevadores não funcionam e serviços estão prejudicados, com bares e restaurantes impedidos de abrir.

A Enel afirma ter disponibilizado mais de 500 geradores para manter o funcionamento de serviços essenciais.

Esta é a terceira vez em menos um ano e meio que a empresa enfrenta problemas com apagões e blecautes, além da demora em agir para solucionar a falta de energia.

O prefeito Ricardo Nunes, candidato à reeleição, voltou a criticar a Enel e cobrou o rompimento do contrato com a empresa. A concessão é uma atribuição do Governo Federal.

O deputado federal Guilherme Boulos, candidato do PSOL no segundo turno da eleição municipal, também criticou a demora na resolução da falta de energia.

Críticas também foram direcionadas contra a Enel pelo governador Tarcísio de Freitas e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

A Agência Nacional de Energia Elétrica afirmou que fiscaliza a empresa e que pode seguir com um processo de caducidade do contrato de concessão, cancelando o contrato da empresa.

Tópicos relacionados

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.