Antenas móveis são instaladas em Roraima para apoiar atendimento aos Yanomamis

Equipes da Força Nacional já receberam treinamento para utilização das antenas

BandNews FM

De acordo com o ministério das comunicações, foram disponibilizados 17 equipamentos
Foto: Agência Brasil

Antenas móveis de conexão banda larga para prover internet estão sendo instaladas na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. O objetivo é apoiar o atendimento médico à população e fortalecer as ações de enfrentamento à situação de emergência em saúde pública.

De acordo com o ministério das comunicações, foram disponibilizados 17 equipamentos. Equipes da Força Nacional já receberam treinamento para utilização das antenas.

O dispositivo tem bateria para uso em períodos de falta de energia, com duração de até oito horas. O modem possui wi-fi embarcado, e pode ser conectado a aparelhos celulares e computadores.

Enquanto isso, no Senado, foi aprovada a criação de uma comissão externa para acompanhar, pelos próximos 120 dias, a crise humanitária que atingiu o povo Yanomami. Eles ficarão responsáveis por supervisionar a retirada de garimpeiros ilegais.

Já a Câmara dos Deputados criou a comissão permanente de Amazônia, Povos Originais e Tradicionais, que ficará encarregada da análise de temas relacionados a indígenas e quilombolas.

As comissões são órgãos temáticos compostos por parlamentares que ficam responsáveis por debater e votar projetos, além de analisar assuntos através de audiências públicas. Eles também podem aprovar de maneira terminativa determinados projetos, que assim não precisam passar pelo Plenário.

MORTALIDADE

A taxa de mortalidade de bebês no primeiro ano de vida na população yanomami atingiu 114,3 a cada mil nascimentos em 2020. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o número é 10 vezes a taxa do Brasil e supera a dos países africanos Serra Leoa e República Centro-Africana, que estão entre os mais pobres do mundo e têm os maiores índices de mortalidade de crianças.

De acordo com relatório da missão Yanomami, divulgado pelo Ministério da Saúde, as mortes de bebês recém-nascidos representaram quase 60% dos óbitos em menores de um ano de 2018 a 2022. O documento revela falha na atenção à gestação, ao parto e aos cuidados recebidos no nascimento.

Ainda segundo o relatório, a desnutrição é uma das principais causas de óbito de crianças. A missão Yanomami foi realizada de 15 a 25 de janeiro.

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