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Andreazza: Gleisi chega para coordenar reeleição de Lula, não para mudar o governo

Colunista analisou a chegada de Gleisi Hoffmann na articulação política do Palácio do Planalto e o discurso da ex-presidente do PT ao ser empossada como nova ministra do governo Lula

O colunista Carlos Andreazza, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta terça-feira (11) o discurso de posse de Gleisi Hoffmann (PT-PR) como nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula.

Na cerimônia, que marcou a chegada da ex-presidente do PT no cargo, Gleisi pontuou ter "plena consciência" do seu papel na gestão Lula: a articulação política. A deputada ainda disse que política é um "exercício de coerência e compromisso com valores" e que "ninguém faz nada sozinho".

Andreazza, no entanto, avalia que dificilmente uma figura política de destaque e renomada, conhecida nacionalmente como Gleisi Hoffmann, irá mudar sua maneira de agir e de fazer política apenas por ser nomeada ministra de Estado.

"A gente é o que a gente é. A Gleisi Hoffmann é a Gleisi Hoffmann. É uma agente política importante e influente, em função de uma persona constituída ao longo das décadas. Não faz sentido acreditar num discurso de uma pessoa que tem um perfil, vá para um ministério importante, de articulação política, para ser uma pessoa diferente da que foi a vida toda", disse.

Andreazza ressalta que Gleisi tem um perfil para o confronto, para defesa de ideias, e que não será necessário que a nova ministra negocie com o Congresso, já que o Planalto não tem uma base no Parlamento.

"É negociação caso a caso. [Gleisi] vem para 2026, para organizar e coordenar os esforços de um grupo para campanha de releição de Lula em 2026", pontuou.

"Gleisi Hoffmann só vai deixar de ser tão vocal sobre suas preferências e suas agendas. Vai parar de falar tanto publicamente, como falava como presidente do PT. Mas internamente? Vai trabalhar num movimento de um governo que se fecha em si mesmo, e lança mão de soluções do passado: gastança fiscal e distribuição de créditos de estatal", concluiu.

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