Os Estados Unidos vão às urnas nesta terça-feira (08) definir o futuro do governo Biden. Os eleitores vão escolher os ocupantes de todas as 435 cadeiras na Câmara dos Deputados e definem ainda sobre 30 vagas no Senado. Os democratas, do partido do atual presidente, têm maioria nas duas Casas, mas podem sair derrotados da disputa e perder o comando do Congresso.
Caso as projeções se confirmem, Joe Biden terá dois anos muito difíceis pela frente, não conseguindo aprovar medidas importantes para o futuro do governo. O atual presidente, com a ajuda de Barack Obama, faz campanha até o último minuto, mas a tradição das eleições de meio de mandato não ajuda. É comum que o governo da ocasião perca maioria no Congresso.
O Partido Democrata luta para manter ao menos o controle do Senado. Mas a alta da inflação e o custo de vida crescente dos americanos desagrada os eleitores, que podem dar um recado nas urnas. A alta de preços bateu o recorde em mais de 40 anos e os perigos de um recessão à espreita preocupam.
As disputas mais acirradas e que devem definir o futuro do Senado acontecem na Pensilvânia, Geórgia, Arizona e Nevada. Os candidatos democratas e republicanos estão empatados nas pesquisas realizadas nestes estados e o resultado de apenas estes quatros locais vão dar a maioria entre os senadores.
Biden aposta no mercado de trabalho ainda aquecido e em pautas progressistas sob ameaça para conquistar eleitores. A recente decisão da Suprema Corte que restringiu o aborto poderia ser ainda mais endurecida por um Congresso com maioria republicana. Os parlamentares do partido de Donald Trump defendem restrições ao processo de interrupção da gestação.
A vitória do Partido Republicano nas urnas também representará uma vitória do ex-presidente substituído por Biden. Trump tenta se cacifar para a disputa presidencial de 2026, embora sofra com investigações diversas na Justiça.
Os republicanos afirmam que os democratas são responsáveis pelo aumento da inflação e da violência. Enquanto os democratas acusam os adversários de serem antidemocráticos por não aceitarem os resultados das urnas.
O voto nos Estados Unidos não é obrigatório, mas especialistas esperam um grande comparecimento às urnas. Quarenta milhões de eleitores já votaram de maneira antecipada.
Também estão em jogo o comando de 36 dos 50 estados americanos, o que motiva mais os eleitores a procurarem as seções eleitorais.