A justiça do Rio aceitou o pedido de recuperação judicial da Americanas, feito nesta quinta-feira (19), e suspendeu dívidas contra o grupo pelo período de 180 dias. A empresa terá dois meses para apresentar o plano de recuperação judicial com o detalhamento da relação de credores e da dívida. As dívidas da empresa somam cerca de R$ 43 bilhões.
O Conselho de Administração da empresa criou um comitê independente, que será responsável por investigar a situação financeira do grupo e apresentar, posteriormente, o resultado aos acionistas, ao mercado e à sociedade em geral.
A empresa alega que após credores entrarem com recursos para bloqueios de bens, o caixa atingiu R$ 800 milhões, com parcela significativa bloqueada.
A ação da varejista teve queda de 35% na Bolsa de Valores e passou a valer R$ 1,13. A B3 disse que a Americanas terá os títulos excluídos de todos os índices após o encerramento do pregão regular desta sexta-feira (20), a partir do pedido aceito de recuperação judicial.
Em nota, a Americanas disse que seguirá operando normalmente dentro das novas regras da recuperação judicial, cujo um dos objetivos principais é a manutenção de empregos, pagamento de impostos e a boa relação com fornecedores e credores e investidores de forma geral.
O grupo de acionistas de referência da empresa informou ao Presidente do Conselho de Administração que pretende manter a liquidez da companhia em patamares que permitam o bom funcionamento da operação de todas as lojas, do canal digital, da AME e coligadas.