O Amazonas registra, no mês de agosto, recorde no índice de queimadas em 23 anos, com mais de 8.500 focos de incêndios.
O número é o maior desde 1998 quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, passou a monitorar os incêndios florestais.
O recorde anterior pertencia ao mês de agosto do ano passado, quando o Amazonas teve 8 mil e 30 pontos de queimadas.
Ainda segundo o INPE, pela primeira vez o estado concentrou o maior número de focos de incêndios do país, seguido do Pará, com 28%, e Rondônia, com 15%.
O município com maior número de incêndios é Lábrea, cidade que marca a fronteira entre Amazonas e Rondônia. No local foram registrados 2.535 pontos de queimada.
A maior preocupação da comunidade ambiental é a situação do sul da região, que sofre com o desmatamento em escalada, situação registrada há algum tempo pelos sistemas que monitoram a Amazônia.
Um estudo realizado pela revista internacional Nature, indica que mais de 95% das espécies da fauna e da flora amazônica já foram afetadas pelos incêndios provocados por ação humana desde 2001. Os dados apontam também para a destruição de 190 mil km² entre 2001 e 2019.