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Câmara retoma análise que pode cassar mandato de Chiquinho Brazão

Parlamentar é acusado de mandar matar Marielle Franco; testemunhas no processo devem ser ouvidas nesta terça (09) no Conselho de Ética da Casa

Isabela Mota

Câmara retoma análise que pode cassar mandato de Chiquinho Brazão
Chiquinho Brazão
Agência Brasil

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados deve ouvir nesta terça-feira (09) testemunhas no processo que pode levar à cassação do mandato de Chiquinho Brazão, acusado junto com o irmão, Domuingos Brazão, de ser o mandante da morte da vereadora Marielle Franco.

Entre as testemunhas que devem ser ouvidas está o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ), indicado pela relatora do processo, deputada Jack Rocha (PT-ES).

Outras oito testemunhas definidas pela defesa de Brazão também foram chamadas para serem ouvidas, entre elas o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e Elcio Vieira de Queiroz, ex-PM acusado de ser um dos executores da parlamentar. No entanto, até o momento, os dois não confirmaram a participação.

Nenhuma testemunha é obrigada a participar da audiência, já que o Conselho não possui poder coercitivo.

Entre as testemunhas de Brazão, o único confirmado, por enquanto é o Conselheiro Vice-Presidente do Tribunal de Contas do Município, Thiago Kwiatkowski Ribeiro.

RELEMBRE O CASO

A vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros no dia 14 de março de 2018. O executor dos disparos, o policial reformado Ronnie Lessa, firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal e revelou que os irmãos Brazão e o delegado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, foram os mandantes do crime. A motivação seria a atuação da parlamentar contra o avanço da milícia e o uso de terras para grilagem.

No último mês, o Supremo Tribunal Federal aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República e tornou Chiquinho e Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa réus no caso.

Os três estão presos preventivamente.

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