Nesta terça-feira (11), o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) realizou a primeira divulgação dos valores do inédito Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR). Em dezembro, o indicador registrou alta de 0,66%, uma desaceleração ante a alta de 0,79% calculada para novembro.
O IVAR foi criado em meio à disparada do IGP-M – índice conhecido como “a inflação do aluguel” – durante a pandemia. O novo indicador tem como base a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais em quatro das principais capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o levantamento do IVAR usa informações de contratos de locação obtidas junto a empresas administradoras de imóveis em vez de dados de anúncios. Para o pesquisador e responsável pela metodologia do IVAR, Paulo Picchetti, essa é a principal razão que faz o novo indicador ser um aprimoramento das pesquisas no setor.
A divulgação do IVAR vai ocorrer mensalmente. A partir deste mês, as informações sobre valores de aluguéis usadas no cálculo do IVAR vão ser incorporadas ao subitem “Aluguel Residencial” das diferentes versões do Índice de Preços ao Consumidor da FGV.
O IGP-M é um índice que utiliza muito a cotação das commodities, influenciada pelo dólar, e não refrete o mercado imobiliário. Por isso, tem sido alvo de críticas.