Alta na rejeição de Marçal é resultado de uma postura agressiva, avalia especialista

Diretor-presidente do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo analisou o cenário eleitoral na capital paulista; pesquisa mostrou empate técnico entre Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Marçal (PRTB)

BandNews FM

O diretor-presidente do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, concedeu uma entrevista exclusiva à BandNews FM nesta sexta-feira (6) e destrinchou os detalhes da mais recente pesquisa eleitoral da corrida à prefeitura de São Paulo.

No segundo levantamento do instituto, houve um empate técnico pela liderança na disputa da capital paulista. No cenário estimulado, Guilherme Boulos (PSOL) tem 23,9%; o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), 23,8%; e Pablo Marçal (PRTB), 21,3% das intenções de voto.

Também há empate técnico entre José Luiz Datena (PSDB), com 8,4%; e Tabata Amaral (PSB), com 7,1%. Marina Helena (Novo) aparece em seguida, com 2,9%. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais. Os demais candidatos não ultrapassaram 1% das intenções.

De acordo com Murilo Hidalgo, um dos itens da pesquisa que mais chamam a atenção é a alta na rejeição de Pablo Marçal, que atingiu 31,8% e quase empatou com Boulos, líder no quesito, com 34,1% de rejeição entre os eleitores.

"É efeito da postura que ele está tomando. Está agressivo com os adversários. Faz com que o eleitor comece a rejeitá-lo. Mas é uma aposta: 'Não importa a rejeição, o que importa é estar no segundo turno'", analisou.

Hidalgo também ressaltou que os próximos capítulos que vão indicar se candidatos como Pablo Marçal, que cresceu ao longo dos últimos levantamentos, atingiram ou não o teto das intenções.

"A próxima semana é decisiva, tanto para Boulos, quanto para Nunes. Ele [Marçal] chegou no teto? É muito difícil responder nesse momento. Semana que vem, a gente vai ter essa certeza", disse.

"Temos convicção de que as próximas pesquisas também vão mostrar Tabata, Datena e Marina. Hoje, somando, eles fazem 18%. Na [pesquisa] passada, estavam com 23% ou 24%. Estão caindo. Eles continuarão a cair? Quem será o grande beneficiado?", completou.

Tópicos relacionados