Almoço Grátis, Ricardo Gallo: Temos que entender as razões da queda rápida do dólar

Retomada das altas na taxa de juros pelo BC influencia cotação da moeda

BandNews FM

Nesta semana, a moeda norte-americana chegou a patamares não vistos desde junho de 2020
Foto: Marcello Casal Jr

Com investidores de olho na taxa básica de juros e o mercado de exportações aquecido, o dólar comercial se mantém abaixo dos R$ 5. O colunista da BandNews FM Ricardo Gallo avalia que a decisão do Banco Central de voltar a subir a Selic foi fundamental para o novo cenário.

Nesta semana, a moeda norte-americana chegou a patamares não vistos desde junho de 2020. Desde então, o País tem conseguido manter um saldo positivo na balança comercial, com o mercado asiático ainda sendo o maior comprador. Produtos agrícolas e minerais estão no topo da lista das exportações brasileiras.

No entanto, segundo o economista, a baixa taxa de juros no ano passado não favoreceu a entrada de capital estrangeiro, o que pressionou para a alta do dólar. Entre agosto de 2020 a março de 2021, a Selic ficou no patamar mínimo histórico, de 2% ao ano. À época, a compra de dólares por bancos também influenciou a cotação.

Ricardo Gallo pondera que, agora, o Banco Central vem apontando para uma nova direção, de elevar os juros, o que dá ânimo para investidores. A expectativa do mercado é de que a renda fixa volte a ficar atrativa a longo prazo, assim como a compra de ações na Bolsa de Valores brasileira.

Essa política favorece empresas de importação, contribuindo para um ambiente de negócios mais competitivo, de acordo com o economista. Ele avalia que a inflação das famílias também deve cair nos próximos meses, já que produtos cotados pelo dólar, como alimentos e combustíveis, terão custo menor.

Para Ricardo Gallo, a sequência de desvalorização da moeda americana vai depender também de futuras decisões do Banco Central dos Estados Unidos, o FED, sobre a taxa de juros, atualmente zerada.

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