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Alimentos ajudam e vendas no comércio avançam 0,1% em abril

Dados apontam estabilidade na taxa, em comparação com março; cenário é de desaquecimento nas vendas

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Alimentos ajudam e vendas no comércio avançam 0,1% em abril
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

As vendas no comércio registram leve alta em abril, na comparação com o mês de março. O crescimento do varejo foi de 0,1% no período, quarta taxa consecutiva que o número não vem no negativo. Os números divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (14), no entanto, mostram um desaquecimento do setor.

Em março, o crescimento foi de 0,8%. Por isso, no bimestre encerrado em abril, o crescimento do comércio ficou em 1,9%, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista subiu 0,5% frente a abril de 2022, nona taxa seguida no campo positivo. O acumulado no ano chegou a 1,9% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 0,9%.

Quando analisado o varejo ampliado, que inclui também a venda de automóveis e a construção civil, o índice apresentou queda de 1,6% no volume de vendas.

A colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, afirma que a baixa era esperada, já que a renda familiar está mais comprometida, o que faz com que o consumo diminua. A jornalista aponta que a alta dos juros e o aumento da inadimplência têm reduzido o crédito e as vendas.

Em abril, cinco das oito atividades avaliadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística tiveram taxas negativas: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,2%); tecidos, vestuário e calçados (-3,7%); combustíveis e lubrificantes (-1,9%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4%); e móveis e eletrodomésticos (-0,5%).

As três atividades com taxas positivas foram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,2%).

Juliana Rosa pontua que o crescimento nos alimentos está relacionado também com a diminuição da inflação nesses produtos e, também, por se tratar de itens de necessidade básica.