Alcolumbre nega demora para sabatinar Mendonça e cita “turbulências políticas”

Ex-ministro da Justiça foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal

BandNews FM

André Mendonça espera há quatro meses pela sabatina na CCJ do Senado; Alcolumbre nega anormalidade Foto: Anderson Riedel/Presidência da República
André Mendonça espera há quatro meses pela sabatina na CCJ do Senado; Alcolumbre nega anormalidade
Foto: Anderson Riedel/Presidência da República

Em resposta ao Supremo Tribunal Federal, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre, nega que seja anormal a demora para marcar a sabatina de André Mendonça para o cargo de ministro do STF. O parecer foi encaminhado ao tribunal nesta quarta-feira (06) e será encaminhado ao ministro Ricardo Lewandowski, que é o relator da ação protocolada pelos senadores Alessandro Vieira, do Cidadania e Jorge Kajuru, do Podemos.

Segundo Alcolumbre, a sabatina não foi agendada até agora pelo que classificou de “turbulências políticas”. Nos bastidores da política, a resistência ao nome do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro é vista como uma estratégia para que o presidente desista do nome de Mendonça e aposte no Procurador-Geral da República, Augusto Aras.

A ação no Supremo quer obrigar o agendamento da sabatina, que é obrigatória antes da análise pelo plenário do Senado do nome do novo ocupante da cadeira.

André Mendonça foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro há quase quatro meses para o cargo de ministro da Corte após a aposentadoria de Marco Aurélio Melo. O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União é apontado como um nome “terrivelmente evangélico”. A indicação de um evangélico para a Corte foi promessa de campanha do presidente e é uma reivindicação dos religiosos apoiadores de Bolsonaro.

Nesta quarta-feira, em sessão do Senado, o senador Espiridião Amin, do Progressistas de Santa Catarina, afirmou que apresentou requerimento de urgência para a análise do nome do Mendonça para o STF. O documento pode ser apoiado por outros senadores até o dia 13 de outubro.