"A necessidade nos uniu de novo", diz Alckmin sobre parceria com Lula

Ex-tucano falou sobre a sua trajetória na política e a parceria estabelecida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022

Da Redação

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, foi entrevistado pelo comentarista Reinaldo Azevedo na noite desta segunda-feira no programa O É da Coisa, da BandNews FM. O ex-tucano falou sobre a sua trajetória na política e a parceria estabelecida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. Segundo ele, a união ocorreu pela "necessidade" de derrotar o bolsonarismo.

"Lá atrás, para redemocratizar o Brasil, estávamos todos junto. No período militar da ditadura, nós tínhamos quem apoiava o governo e nós queríamos redemocratizar. Então estávamos juntos, (Franco) Montoro, (Mario) Covas, Fernando Henrique, Lula, (Leonel) Brizola, todos os democratas estávamos juntos, trabalhamos juntos para redemocratizar o país", lembrou Alckmin.  

"Lutamos pelas Diretas Já, participei da Assembleia Nacional Constituinte como deputado federal, como também o presidente Lula, depois cada ano seguiu um caminho próprio. Lula foi fundar o PT, nós ajudamos a fundar o PSDB, mas os princípios sempre foram o apreço pela democracia e um desenvolvimento inclusivo, que a população mais pobre também pudesse melhorar, com sustentabilidade, o cuidado com a questão do meio ambiente, um desenvolvimento com estabilidade, sem inflação", afirmou.

Alckmin chama a parceria com Lula na chapa vencedora das eleições como "união para preservar a democracia" e citou os ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro do ano passado. "A necessidade nos uniu de novo. Veja só, se perdendo a eleição, tentaram dar um golpe, imagine se tivessem ganho. O momento foi importante para os democratas se unirem para a gente preservar a democracia. Eu tenho convicção de que as ditaduras tiram a liberdade em nome do pão. Não dão o pão que prometeram e nem devolvem a liberdade. Eu sou um democrata por convicção", disse.

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