Alckmin: Lula estimulará indicações de mulheres "sempre que for possível"

Vice-presidente reforçou o compromisso do governo federal com a inclusão feminina na política e afirmou que ainda não há definição quanto o novo ministro do STF, que ocupará a vaga deixada pela magistrada Rosa Weber

BandNews FM

O vice-presidente e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), concedeu uma entrevista exclusiva à BandNews FM nesta sexta-feira (06) e falou sobre a presença de mulheres no governo federal, bem como a possível indicação de uma possível magistrada para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Questionado sobre os critérios da indicação do próximo ministro da Suprema Corte, que deverá ocupar a vaga deixada pela ex-ministra Rosa Weber - aposentada por idade na última semana -, Alckmin pontuou que ainda não há uma definição quanto a indicação do próximo ministro.

No fim do mês de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que gênero e cor não serão critérios para a escolha do próximo ministro do STF. No entanto, com a aposentadoria de Weber, o Supremo Tribunal Federal encontra-se com apenas uma mulher ministra entre todos os magistrados da corte.

"Não está ainda definida a questão da substituição de quem será o novo ministro do STF, vamos aguardar. Sempre que for possível ele o fará, ele estimulará maior espaço e participação das mulheres na vida pública e na política brasileira. Ganha a sociedade quando mulheres têm maior participação. A luta das mulheres não é das mulheres, é de toda a sociedade."

Alckmin também reforçou que a inclusão de mulheres na Esplanada dos Ministérios, como chefes das pastas ministeriais, mostra que há um compromisso do Planalto com o tema. No entanto, as mini-reformas ministeriais pleiteadas pelo presidente Lula desde o início da sua gestão - iniciada em janeiro deste ano - tirou espaço das mulheres nos ministérios. 

"Na nossa ida a Manaus, foram duas ministras: Marina Silva, do Meio Ambiente, que colocou quase 200 brigadistas para combate a queimadas, e Sonia Guajajara, que também está fazendo um trabalho junto às comunidades indígenas, atendimento aos pescadores, cestas de alimentos. A presidente do PT, aliás, é uma mulher [a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR)]. É uma característica do presidente estimular isso".

Atualmente, com a aposentadoria da ex-ministra Rosa Weber, a composição do Supremo Tribunal Federal conta com apenas uma mulher: Cármem Lúcia. Indicada pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2006, quando exercia seu último ano do primeiro mandato, Cármem tem aposentadoria compulsória por idade prevista para ocorrer em abril de 2029.  

Caso não haja a indicação de uma magistrada para a Suprema Corte na vaga aberta recentemente por Weber, ou em abril de 2028 com a aposentadoria por idade do ministro Luiz Fux, ou em abril de 2029 com a saída de Cármen Lúcia, o Supremo Tribunal Federal poderá tem um ministério composto exclusivamente por homens em 2030.

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