O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin afirmou nesta quinta-feira (03) que a transição de poder começou oficialmente e que as conversas com as equipes do atual governo foram proveitosas. O ex-governador de São Paulo foi recebido pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos. O Centro Cultural Banco do Brasil, a sete quilômetros do Palácio do Planalto, foi oficializado como o local a ser utilizado pela equipe de transição.
Geraldo Alckmin disse que na segunda-feira (07) haverá uma reunião com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para definir os rumos da transição. Neste mesmo dia, os primeiros nomes daqueles que vão atuar no processo de troca de poder serão anunciados.
Segundo ele, os presidentes dos partidos que estiveram na aliança petista foram convidados para indicarem nomes que vão participar da organização do novo governo. Alckmin disse que a tarefa de agora é “unir o Brasil, trabalhar e ter uma agenda de propostas, melhor a vida da população e bola para frente. A transição começou, agora é fazer da melhor maneira possível em benefício da população e pautada no interesse público”.
A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, e o coordenador do plano de governo da campanha de Lula, Aloízio Mercadante, também estavam presente no primeiro encontro com integrantes do governo Bolsonaro no Palácio do Planalto.
Na reunião, o secretário-geral da Presidência teria parabenizado o novo eleito e desejado sucesso no processo de transição.
Questionado pelos jornalistas sobre as manifestações golpistas que paralisam estradas em questionamento ao resultado da eleição, Alckmin disse que o direito de ir e vir é sagrado e classificou como grave os acontecimentos recentes que pararam rodovias pelo país.
Desde domingo (30), horas após a divulgação do resultado da eleição, apoiadores de Jair Bolsonaro realizam bloqueios ilegais em rodovias. Eles são contra o resultado da eleição. Nesta quarta (02), Bolsonaristas realizaram atos em frente aos quartéis pedindo intervenção militar, o que é uma pauta inconstitucional.