Alckmin assume ministério da Indústria e Comércio defendendo reindustrialização

Vice-presidente vai acumular os cargos; no discurso de posse, defendeu o avanço da economia verde e disse que vai trabalhar com Marina Silva para a descarbonização do setor

Rádio BandNews FM

Alckmin classificou a indústria como essencial, assim como os empregos que geram tributos
Foto: Reuters

O vice-presidente da República Geraldo Alckmin foi oficialmente empossado como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços em uma cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (4). No discurso acompanhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador de São Paulo disse que uma reforma tributária é fundamento e defendeu o aperfeiçoamento da agroindústria.

A pasta responsável pela promoção do setor industrial foi recriada neste terceiro mandato de Lula após um pedido das organizações institucionais. Anteriormente, as obrigações do ministério estavam vinculadas ao Ministério da Economia.

Alckmin pontuou que é urgente a reversão da desindustrialização precoce ocorrida no Brasil e defendeu a reindustrialização do país.

O vice-presidente e ministro classificou ainda a indústria como essencial, assim como os empregos que geram tributos.

Geraldo Alckmin também fez acenos para Marina Silva, ministra do Meio Ambiente que toma posse oficialmente no cargo nesta quarta (4). Ela retorna ao governo depois de ter deixado o cargo há quase 15 anos por desavenças com os rumos da política ambiental do país.

O vice-presidente disse que o Brasil será o grande protagonista do processo de descarbonização. Para isso, afirmou que o ministério terá uma secretaria de economia verde, que atuará em parceria com o ministério do Meio Ambiente.

Essa não é a primeira vez que o vice-presidente assume um ministério. No primeiro governo Lula, o então vice, José Alencar, foi ministro da Defesa.

A escolha por Alckmin tem o objetivo de aumentar a interlocução com setores do mercado e da sociedade com dificuldade em aceitar Lula.

Durante a transição, o presidente havia afirmado que Alckmin estava fora de cogitação na disputa por um ministério.

Entretanto, após a recusa de alguns nomes - como, por exemplo, o empresário Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - o governo voltou atrás.

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