O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori morreu nesta quarta-feira (11) aos 86 anos. A morte foi confirmada pela sua filha, Keiko Fujimori, que afirmou que o pai enfrentava uma batalha contra um câncer na língua.

“Pedimos àqueles que o estimaram que nos acompanhem com uma oração pelo descanso eterno de sua alma”, declarou Keiko. O diagnóstico foi divulgado pelo Fujimori em maio deste ano. O ex-presidente deixa quatro filhos e cinco netos.

Fujimori governou o Peru entre 1990 e 2000. Ele foi condenado por violação de direitos humanos, denunciado por suspeita de corrupção e tinha processos sobre massacres feitos sob seu comando, ainda no início do governo.  

Os processos e condenações do ex-presidente fizeram com que ele saísse do país em segredo, com destino ao Japão, cidade natal dos pais. Em território japonês, enviou um documento pedindo a renúncia da presidência.

Fujimori ficou no Japão por sete anos. Foi preso durante uma visita ao Chile e extraditado de volta ao Peru. Em 2009, terminou condenado pela morte de 25 civis em ação do exército peruano.

No ano passado, o Tribunal Constitucional deu decisão favorável a um habeas corpus, e Fujimori deixou o presídio que cumpria pena de 25 anos, e passou a morar na casa da filha, onde iniciou o tratamento domiciliar.