Paulo Dantas (MDB), candidato à reeleição ao governo de Alagoas, chamou a operação da Polícia Federal que o afastou do cargo nesta terça-feira (11) de "grotesca". O político disse, ainda, que a ação foi "encenada com interesses político-eleitorais".
Autoridades investigam um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Estado que desviou cerca de R$ 54 milhões.
De acordo com o MPF, parte desse dinheiro teria sido utilizado para pagamentos de despesas pessoais, de advogados, transferências a familiares e compra de bens.
Dantas afirma que vai recorrer da decisão da Justiça que, segundo ele, visa criar alarde e favorecer o candidato de Arthur Lira ao governo alagoano, Rodrigo Cunha (União Brasil).
O Superior Tribunal de Justiça confirmou uma sessão extraordinária da Corte Especial na quinta-feira (13) para analisar o caso.
Inicialmente, a medida do seu afastamento tem validade de 180 dias.
Ainda nesta terça, o presidente do Tribunal Suprerior Eleitoral, Alexandre de Moraes, deu 48 horas para a Policia Federal explicar a abordagem feita ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Marcelo Victor, em Alagoas.
A operação ocorreu um pouco antes do primeiro turno da eleição, em 30 de setembro.
O parlamentar foi alvo de uma averiguação da PF no Hotel Ritz Lagoa da Anta, quando agentes apreenderam uma mala com R$ 145 mil e material de campanha. Investigadores suspeitam que o dinheiro seria usado para suposta compra de votos.