O nível do Guaíba atingiu 3,38 metros nesta terça-feira (21), de acordo com medição da prefeitura, fazendo com que a água invadisse as ruas de Porto Alegre.
Essa é a marca mais alta desde a histórica enchente de 1941, quando chegou a 4,75 e alagou o centro da cidade. A cota de inundação na região do cais é de 3 metros.
As comportas do sistema de proteção contra enchentes foram fechadas. São mais de 10 estruturas que atuam como barreiras para evitar que a água invada as vias do centro da cidade.
O governador Eduardo Leite visitou a região do Vale do Taquari, avaliou a dimensão dos impactos causados pelos temporais, mobilizou as estruturas do governo estadual nos trabalhos de amparo às vítimas e reconstrução das cidades afetadas.
O líder lembrou que o estado abriu processo para contratar serviço de radar meteorológico, para reforçar a prevenção contra eventos adversos.
A função irá monitorar as condições meteorológicas em Porto Alegre e na região metropolitana, duas áreas que concentram grande parte da população do estado e de cidades que necessitam de atenção especial em termos de acompanhamento meteorológico.
O número de mortes chega a cinco no Rio Grande do Sul desde a semana passada.
A mais recente é de uma idosa que teve a casa inundada em Eldorado do Sul, na região metropolitana. Quando o resgate chegou, ela já estava sem sinais vitais. No fim de semana, mãe e filha morreram quando a residência delas, em Gramado, na serra, desabou. No sábado, um homem morreu após o carro em que ele estava ser arrastado pelo Rio da Prata, entre Vila Flores e Antônio Prado.
No Rio Grande do Sul, danos foram contabilizados em 158 municípios, conforme dados reportados pelos órgãos municipais à Defesa Civil Estadual. O episódio também provocou 41 bloqueios totais ou parciais nas rodovias estaduais, devido a erosões no asfalto, deslizamentos de terra e inundações.
Há cerca de 17 mil pessoas fora de casa entre desabrigados e desalojados.
Em Santa Catarina, mesmo após a trégua da chuva, o estado tem pelo menos 40 cidades com abrigos abertos. Desde o dia 14 de novembro, pelo menos 67 os municípios registraram algum tipo de ocorrência. Defesa Civil catarinense confirma três óbitos e um desaparecido.