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Agência de classificação de risco eleva a nota de crédito do Brasil

Passou de BB- para BB, com expectativa de melhora no ambiente econômico

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Agência de classificação de risco eleva a nota de crédito do Brasil
Foto: Reuters

A agência de classificação de risco Fitch elevou nesta quarta-feira (26) a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável.

A avaliação é que o ambiente econômico no pais está melhorando após “choques sucessivos nos últimos anos”, evidenciando uma evolução na capacidade de honrar compromissos.

Em junho, a Standard & Poor's já tinha elevado a nota de brasileira, de estável para positiva, a primeira mudança desde 2019.

Para a colunista de economia da BandNews FM Juliana Rosa, a notícia é importante e reflete a importância do andamento de reformas como a tributária e o novo marco fiscal

“Embora o Brasil ainda tenha juros altos, a agência vê que estamos tendo sucesso na redução da inflação e em medidas que não são voos de galinha: a reforma tributária e a reforma fiscal. Isso já mostra o quanto o Brasil está sendo visto com confiança pelos investidores. Isso é muito importante para quando começarmos a baixar juros, [a taxa] não subir mais”, destacou.

No comunicado, a Fitch destaca a melhora na economia brasileira. “Ainda entre os pontos positivos para suportar a nota de crédito do Brasil, a agência destaca que o Brasil é uma economia grande e diversificada. O país demonstra capacidade de absorção de choques, sustentada por uma taxa de câmbio flexível, reservas internacionais robustas (US$ 346 bilhões) e uma posição de credor externo líquido soberano. Na gestão da dívida pública, destaca a posição do colchão de liquidez (11% do PIB) e uma composição de dívida majoritariamente em moeda local, contando com um mercado doméstico bem desenvolvido. São fatores que conferem flexibilidade ao financiamento soberano no Brasil”, escreveu.

O Tesouro Nacional, em nota, afirmou que a decisão da agência Fitch “corrobora os esforços empreendidos pelo governo para fortalecer o ambiente econômico e promover a consolidação fiscal”.

“A melhora no rating leva em consideração não apenas ações já ocorridas, mas também a expectativa quanto à capacidade e vontade do país em prosseguir com a agenda de reformas econômicas. Destaque para a reforma em impostos sobre consumo, que está em tramitação no Congresso Nacional e que enfrenta um dos maiores gargalos de competitividade do Brasil, simplificando um sistema altamente complexo e eliminando distorções que alimentam a má alocação de capital”, diz o comunicado.