Afeganistão: "Os EUA perderam o papel de polícia do mundo", analisa repórter Yan Boechat

Repórter avalia que o século XX acabou agora no Afeganistão e pontua que os Estados Unidos perderam o papel de polícia do mundo

Rádio BandNews FM

Expectativa, de acordo com Yan Boechat, é que tenha uma grande crise humanitária Foto: Reprodução/Redes Sociais
Expectativa, de acordo com Yan Boechat, é que tenha uma grande crise humanitária
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O jornalista e repórter de guerra Yan Boechat afirmou que o mundo mudou a partir deste final de semana com a retomada do poder no Afeganistão pelo Talibã. Yan já esteve diferentes vezes no país asiático e conta que acompanha com preocupação a situação de amigos que mantêm por lá. O jornalista participou nesta terça-feira (17) do Jornal BandNews FM, com Luiz Megale, Sheila Magalhães e Carla Bigatto.

O repórter avalia que o século XX acabou agora no Afeganistão e pontua que os Estados Unidos perderam o papel de polícia do mundo com o fracasso da missão em solo afegão. A China e a Rússia saem como vencedoras do processo do Talibã tomar a posse do Afeganistão.

Yan Boechat acredita que o Talibã atual é muito mais pragmático, profissional, que compreende os erros que cometeu no passado e sabe que precisará ser aceito por parte da comunidade internacional para sobreviver por um longo tempo e manter o país estável - até mesmo para a entrada de dinheiro.

Segundo o repórter, os relatos que chegam do Afeganistão é de que, por enquanto, o cotidiano está tranquilo na região. Diferentemente do que era esperado dentro desses 20 anos de brigas. O aguardado era de que o Talibã fosse mais agressivo e quisesse "acertar as contas".

As imagens mostradas nesta segunda-feira (16) de uma multidão de afegãos tentando fugir da capital Cabul relatam dois grupos que queriam sair do local: aqueles que achavam que vão morrer com o novo comando e os que já queriam fugir por causa da miséria.

A expectativa, de acordo com Yan Boechat, é que tenha uma grande crise humanitária, mas ainda é muito cedo para saber como o Talibã vai se comportar e como a população vai reagir com tudo o que está acontecendo.

Acompanhe a entrevista completa: