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Advogado presta depoimento com acusações a Moro e Dallagnol; caso vai ao STF

O ex-colaborador da empreiteira Odebrecht Rodrigo Tacla Duran afirmou que os dois parlamentares tinham conhecimento de um esquema criminoso de extorsão dentro da Operação Lava Jato

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O advogado e ex-colaborador da construtora Odebrecht Rodrigo Tacla Duran ligou os nomes do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) a uma possível extorsão que ele teria sofrido no âmbito da Operação Lava Jato.

Ao longo do interrogatório, ele afirmou ter sido vítima de extorsão por advogados do escritório ligado à deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP), esposa de Sergio Moro. 

A audiência com Tacla Duran foi realizada na última segunda-feira (27) pelo juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal, que assumiu recentemente os processos da Lava Jato. Durante a oitiva, ele afirma que chegou a pagar uma primeira parcela de US$ 613 mil de um total de US$ 5 milhões. 

Ele explicou ao juiz que a quantia teria sido exigida como garantia para que ele não fosse preso e como condição para que pudesse fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Segundo Tacla Duran, o ex-juiz federal Sérgio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol tinham conhecimento do esquema criminoso.

A primeira parcela do acordo teria sido paga por Duran em 14 de julho de 2016. No entanto, ele teria parado de cumprir as exigências impostas. Segundo o advogado, após interromper os pagamentos ele teve a prisão preventiva decretada por Moro e acabou sendo preso na Espanha, onde reside desde então. 

Após o encerramento da audiência, o juiz solicitou que o caso fosse encaminhado para análise do Supremo Tribunal Federal (STF) já que a denúncia cita parlamentares que tem foro privilegiado. Tacla Duran deve passar a integrar o programa federal de proteção a testemunhas. A providência foi ordenada pela Justiça Federal de Curitiba.

O senador Sergio Moro se pronunciou por meio de nota. Ele disse que não teme qualquer investigação e se refere à Tacla Duran como “criminoso confesso”. 

Pelas redes sociais, o deputado federal Deltan Dallagnol negou as acusações e chamou o advogado de “mentiroso compulsivo, criminoso confesso e lavador de dinheiro profissional”. O político afirma que essa é mais uma tentativa do executivo de enganar as autoridades judiciais. 

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