A apresentadora Adriana Araújo, do Entre Nós, da BandNews FM, comentou nesta terça-feira (3) a conduta do policial militar flagrado jogando um homem de uma ponte na Zona Sul de São Paulo. O caso aconteceu na madrugada desta segunda-feira (2). As imagens, que repercutem nesta terça, provocaram o afastamento de 13 policiais envolvidos no caso.
Para Adriana, o PM "se sentiu à vontade para descartar uma pessoa como se fosse lixo, para jogar uma pessoa do alto de uma ponte numa clara tentativa de fazer com ela desaparecesse."
Nas imagens, o policial leva um homem de camiseta azul até a beirada da ponte, nas imediações de um córrego. O homem já estava rendido, com as mãos para trás, quando o policial o levanta pelas pernas e arremessa no córrego.
Outro vídeo mostra um corpo boiando no córrego, com roupas parecidas com as do homem que foi arremessado. Não foi confirmado se o corpo é o mesmo do homem jogado pelo PM.
Não é admissível que o estado de São Paulo compactue com um gesto como esse, de extrema brutalidade, de extrema crueldade, de extrema desumanidade. É a polícia do ódio ou da lei que queremos? É a polícia da vingança que a gente quer ou é uma polícia que garanta segurança com justiça e não com justiçamento. É sobre isso que devemos refletir
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública declarou que a Polícia Militar repudia “veementemente” a conduta ilegal adotada pelos agentes e instaurou um inquérito para apurar os fatos e responsabilizar todos os envolvidos.
Em publicação nas redes sociais nesta terça, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mencionou o caso e outro episódio de violência policial, de um agente à paisana que atirou em um jovem pelas costas no estacionamento de um supermercado e afirmou que "providências serão tomadas". Os dois casos aconteceram na Zona Sul de São Paulo.
"Muitos podem olhar a cena e pensar 'é um suspeito a menos'. Se você legitima uma atitude como a daquele policial, legitima a polícia do ódio, da vingança e da morte. E isso não garante a segurança de ninguém, apenas a barbárie", disse Adriana Araújo.