A Justiça do Rio de Janeiro marcou para o dia 12 de dezembro o julgamento de Fábio Raposo e Caio Silva de Souza, acusados de matar o repórter cinegrafista da TV Band Santiago Andrade. O crime aconteceu há quase 10 anos durante a cobertura de uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio.
Agora, os suspeitos vão a júri popular. Santiago tinha 49 anos e foi atingido na cabeça por um rojão, ele estava com a visão encoberta pela câmera e não viu o artefato sendo disparado. O repórter cinematográfico sofreu afundamento do crânio e ficou internado durante quatro dias. Em 10 de fevereiro de 2014, foi constatada morte cerebral.
Os dois acusados estão soltos e cumprem medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, até a sentença final do caso. Eles respondem por homicídio qualificado e explosão.
O desenrolar do processo até a definição de uma data para o Tribunal do Júri, porém, foi marcado por muita demora e indignação da família. Em 2016, foi determinado que os dois homens fossem à júri popular. Até 2019, no entanto, não houve novas determinações no processo.
Santiago deixou a esposa Arlita Andrade, com quem era casado há 30 anos, e a filha, Vanessa Andrade. A BandNews FM tenta contato com as defesas dos réus.