A Agência Brasileira de Inteligência deixou o Gabinete de Segurança Institucional e passou para o guarda-chuva da Casa Civil. A mudança foi efetivada no Diária Oficial desta quinta-feira (2).
A alteração na estrutura organizacional ocorre após os atos criminosos de 8 de janeiro, quando prédios dos três Poderes foram invadidos, depredados e saqueados.
A Abin é o principal órgão da inteligência brasileira e deixa a partir de agora de estar sob o comando de um militar. O GSI é responsável pela segurança do presidente da República e é gerido pelo general Gonçalves Dias.
Com a transferência de pasta, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, passa a ser o responsável pelo órgão. Ele deve escolher o diretor-geral da agência, que é comandada neste momento por Saulo Moura da Cunha, oficial de inteligência nomeado diretor-adjunto.
O diretor da Abin precisa passar por sabatina no Senado Federal.
A Abin foi criticada por ter demorado para alertar o governo da possível invasão do Palácio do Planalto, em janeiro. O órgão emitiu um alerta para o deslocamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que estavam no acampamento do Exército. O primeiro aviso ocorreu entre 9h e 10h. O alerta chegou três horas antes dos atos violentos.
No último governo, a Abin foi acusada de ser instrumentalizada e utilizada para perseguir críticos do grupo no poder.