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À CPMI do 8 de janeiro, Torres diz que “jamais poderia imaginar” atos violentos

Ex-secretário de Segurança Pública do DF respondeu às perguntas, apesar do direito ao silêncio concedido pelo STF

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À CPMI do 8 de janeiro, Torres diz que “jamais poderia imaginar” atos violentos
Geraldo Magela/Agência Senado

Em depoimento para CPI Mista dos Atos de 8 de janeiro, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres afirmou que o planejamento de segurança não indicava risco de ruptura ou eventos terroristas, como registrado naquele domingo, em Brasília.

De acordo com o ex-ministro, avaliando o sistema de segurança para a data, “só se caísse uma bomba” os atos teriam chegado ao nível de destruição que chegaram. Naquela época, Torres era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Na antevéspera da invasão às sedes dos Três Poderes, Anderson Torres viajou de férias com a família para os Estados Unidos. Ele disse que estava “extremamente tranquilo”, porque, antes, havia assinado um Plano de Ações Integradas.

“Naquele dia, naquela sexta-feira, os acampamentos estavam praticamente desmontados, ele [General Dutra] precisava da secretária de Desenvolvimento Social para tirar os vulneráveis, os moradores de rua, antes de fazer o desmonte final do acampamento. Essa foi a imagem que eu viajei com ela na cabeça, de pouquíssimas pessoas naquela sexta-feira, dia 6, nos acampamentos, eu jamais ia imaginar que aquilo ia acontecer, que aquilo ia virar de novo e se tornar o 8 de janeiro. Quando eu viajei não havia informação de inteligência”, declarou aos parlamentares.

Torres compareceu à CPMI usando tornozeleira eletrônica, medida cautelar imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ao conceder liberdade provisória ao ex-ministro, que chegou a ficar quatro meses preso suspeito de omissão.