A quinta geração de internet, o chamado 5G, inicia as operações oficialmente no Brasil nesta quarta-feira (6). A primeira cidade a receber a tecnologia – que promete ser 100 vezes mais veloz que o 4G – será Brasília. O sistema está em teste desde o início de 2022 em diferentes capitais brasileiras, mas é a primeira vez que vai operar dentro dos melhores espectros para distribuição do sinal do 5G.

A autorização para a chegada oficial da tecnologia foi dada pela Agência Nacional de Telecomunicações na última segunda-feira (4). As próximas capitais a receberem o sinal de internet rápida serão: São Paulo, João Pessoa, Porto Alegre e Belo Horizonte.

O 5G promete revolucionar diversos setores da economia, como a saúde, a educação, a indústria, as relações de consumo e o agronegócio.

No campo, por exemplo, será possível monitorar as lavouras em tempo real e fazer correções com um simples apertar de botão.

Nas relações de consumo, a entrega por drones pode se tornar - em breve - uma realidade.

Na saúde, a nova tecnologia deve trazer avanços na telemedicina e tornar comuns as cirurgias à distância.

Mudanças também vão acontecer para quem navega na internet no dia a dia. Como exemplo, o tempo estimado para baixar um vídeo, por exemplo, será reduzido consideravelmente.

No entanto, o 5G só vai funcionar em celulares habilitados para a nova conexão. Atualmente, segundo a Anatel, são 67 modelos de aparelhos homologados para o uso da tecnologia no país.

A previsão inicial do Ministério das Comunicações era que todas as capitais brasileiras tivessem o sinal em pleno funcionamento até o final de julho. Mas diante de algumas dificuldades logísticas e para importação de equipamentos, o prazo foi estendido pelo governo federal até o dia 29 de setembro.

Algumas operadoras fazem propaganda afirmando que já oferecem o 5G em alguns locais, mas o serviço vendido como de alta velocidade não tem o chamado sinal puro, já que utiliza frequências de 4G com antenas mais modernas.

Com o 5G puro será possível iniciar o uso e a implementação da chamada internet das coisas, com a possibilidade de diversas atividades, como cirurgias a distância.