O Grupo Especial das escolas de samba de São Paulo finalizou o segundo dia de desfile já no amanhecer de domingo (11). Passaram pelo Sambódromo do Anhembi mais sete enredos. A abertura da noite, ainda no final do sábado (10), ficou a cargo do Vai-Vai, maior campeã do Carnaval paulistano - com 15 títulos -, que contou a história hip-hop na avenida.
"Capítulo 4, versículo 3 – Da rua e do povo, o hip hop: um manifesto paulistano" foi o enredo que cantou a o ritmo como símbolo de resistência. O impacto da arte no estado de São Paulo também foram destaques.
A segunda a desfilar foi a Tom Maior, sexta colocada em 2023, que cantou o samba "Aysú: uma História de Amor", uma releitura do clássico mito de Orfeu e Eurídice. Os carros luxuosos com referência à fauna e à flora brasileira foram considerados pontos altos do dia.
A atual campeã, Mocidade Alegre, fez uma viagem pelas histórias do escritor Mário de Andrade para contar o enredo “Brasiléia Desvaiarada: a busca de Mário de Andrade por um país”. O ponto de partida foi a viagem do artista pelo Brasil há exatos 100 anos.
A Gaviões da Fiel movimentou as arquibancadas ao longo dos 500 metros de extensão do Sambódromo do Anhembi com tecnologia e uma viagem cósmica com o samba “Vou Te Levar Pro Infinito”. A agremiação mostrou uma estética futurística na busca pelo fim dos 21 anos sem título.
O rádio foi o grande homenageado da Águia de Ouro. A escola detalhou o centenário do veículo no Brasil e viajou no tempo para contar cada detalhe do passado glorioso, do presente relevante e do futuro promissor dessa comunicação marcante para o povo brasileiro.
A penúltimo a entrar na avenida, a Império da Casa Verde contou a história da cantora Fafá de Belém e dos 50 anos de carreira dela. “Fafá, a Cabocla Mística em rituais da Floresta” também destacou a força dos povos originários e a importância do meio ambiente amazônico.
Por fim, Acadêmicos do Tucuruvi entrou no Anhembi já com o céu ensolarado na manhã de domingo (11) para celebrar Ifá, religião de matriz africana que foi essencial para a construção da cultura brasileira e do próprio samba. Apesar de ser a última a desfilar, a escola conseguiu garantir interação com o público e distribuiu muita cantoria e animação pela avenida.