Novos ministros foram empossados nesta terça-feira (03), em Brasília. Depois da recriação, o empresário Jader Barbalho Filho tomou posse como novo ministro das Cidades.
No discurso, Jader Filho destacou que a pasta não estava a pleno vapor, mas que as obras paralisadas serão retomadas o mais rápido possível. Ele ainda afirmou que vai conversar com os governadores para retomar ações de saneamento básico, que são prioridades para todo o país.
No Ministério do Trabalho, Luiz Marinho, um dos fundadores do PT, retorna ao cargo, que deixou em 2007 para assumir a previdência social. No discurso de posse, ressaltou o empenho da nova gestão no combate à trabalhos infantis e nos análogos a escravidão, e na garantia dos direitos trabalhistas.
Luiz Marinho também prometeu dar uma atenção maior aos primeiros empregos da juventude. Além de uma conjuntura com o presidente da república para a valorização constante do salário mínimo.
Também nesta terça, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, declarou que todo ato ilegal baseado no ódio e no preconceito será revisto. Segundo ele, a nova gestão irá reconstruir o Brasil para que todos possam caber e que a uma das lutas é por memória, verdade e justiça.
Entre as promessas, Silvio Almeida anunciou a criação de um programa de proteção de defensores dos direitos humanos. Dar as condições para que aja funcionamento dos mecanismos de combate à tortura. E prestigiar a secretaria de pessoas LGBTQIA+ e recriar o conselho de políticas destinado ao grupo.
Já o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, foi empossado como ministro da Previdência Social. Na cerimônia que ocorreu no auditório do Ministério, Lupi afirmou que é preciso resgatar a dignidade no tratamento aos aposentados brasileiros e que é preciso discutir com profundidade o que chamou de antirreforma da previdência.
Outro compromisso que Lupi firmou durante a posse foi acabar com as filas dos previdenciários do INSS, com a ajuda dos prefeitos e governadores. Por fim, ele firmou compromissos durante a chefia da pasta como: a criação de um portal da transparência dos dados da previdência, que segundo ele, já está sendo formulado junto ao INSS; a criação do cartão de identidade nacional para unificar as gratuidades dos aposentados e pensionistas.
A Ministra da Mulher, Cidinha Gonçalves, também tomou posse nesta terça-feira (03), em Brasília. Cidinha foi escolhida pela cota pessoal do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, diante do papel relevante que teve na luta das mulheres do país.
Ao discursar, Cidinha Gonçalves destacou a falta de previsão de recursos no orçamento para as ações do ministério, apontando que a pasta tem menos de 20% do dinheiro que tinha em 2015 para executar as políticas necessárias. Ela assume o primeiro ministério dedicado exclusivamente a políticas para mulheres, já que em outros governos a pasta também estava vinculada a outras secretarias com status de ministério.
O ex-governador de Alagoas e senador eleito pelo mesmo Estado, Renan Filho do MDB, assumiu o Ministério dos Transportes e falou sobre o esforço que deverá ser feito para recuperar as estradas brasileiras. No discurso ele destacou que um levantamento da Confederação Nacional dos Transportes, aponta que 66% por centos das rodovias brasileiras estão ruins, péssimas ou com algum problema por falta de investimento. E disse ainda que precisará do apoio da iniciativa privada para a recuperação.
O ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica Vinicius Marques de Carvalho tomou posse como o ministro chefe da Controladoria-Geral da União, órgão responsável pelo controle interno, além da fiscalização, transparência e combate à corrupção dentro do governo. Entre as medidas que devem ser analisadas pelo novo CGU, está a avaliação pedida por Lula sobre os vários sigilos de 100 anos que foram determinados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Pelo despacho assinado pelo petista no primeiro dia de governo, Vinicius deve revisar, em um prazo de 30 dias, as inúmeras decisões do ex-presidente que impuseram sigilo indevido sobre documentos e informações da administração pública. Assim, a CGU pode então avaliar caso a caso e determinar o que pode ou não ser divulgado de acordo com a legislação.
O deputado federal gaúcho Paulo Pimenta, que tomou posse como ministro chefe da Secretaria de Comunicação, afirmou que a nova gestão vai trazer de volta a função social da comunicação pública no país. E que o governo vai saber falar, mas também ouvir através das diversas formas e plataformas de comunicação.
E por fim, Paulo Teixeira assumiu como novo titular do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, que volta a ser uma pasta própria após 6 anos como secretaria vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social. Teixeira ressaltou que o trabalho no Ministério será pautado pelas garantias de evitar a insegurança alimentar e não deixar que o Brasil permaneça no mapa da fome, além de constante trabalho com os pequenos agricultores, e também um constante diálogo com os movimentos sociais ligados ao campo. Além disso, ele também garantiu que o ministério irá trabalhar com a responsabilidade ambiental.