Combustível mais barato é oferecido no "Dia Nacional da Gasolina sem PPI"

Iniciativa lança um alerto para os efeitos da atual política de preços do combustível da Petrobras

BandNewsFM

Gasolina vai ser vendida a R$ 4,40 nesta quinta-feira (25) Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Gasolina vai ser vendida a R$ 4,40 nesta quinta-feira (25)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Postos de combustível de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Amazonas vão vender gasolina a R$ 4,40 nesta quinta-feira (25).

A ação é coordenada pelo Observatório Social da Petrobras e pela Federação Nacional dos Petroleiros.

Ao todo, vão ser comercializados 12 mil litros de gasolina. Segundo os organizadores, o valor chega a ser 35% mais barato do que os preços de mercado.

No estado do Rio, a iniciativa acontece apenas em um posto de Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense.

Vão poder participar motoristas e entregadores de aplicativo. Para aproveitar o desconto, os interessados devem comparecer ao Posto Santos Reis, na Avenida Júlio Maria, no Centro da cidade. 

Serão distribuídos 400 cupons, de 5 litros cada. Cada motorista poderá receber até dois vouchers.

Postos de São José dos Campos, Santos, Caraguatatuba e Manaus também participam da ação. Batizada de "Dia Nacional da Gasolina sem PPI", a iniciativa tem o objetivo de mostrar o impacto da atual política de preços da Petrobras nos valores encontrados nas bombas.

 O modelo em vigor acompanha as variações do mercado internacional.

O economista Eric Gil Dantas, do Observatório Social da Petrobras, diz que grande parte do combustível consumido no país é produzida pela companhia, os preços cobrados são equivalentes aos valores de importação.

Reação da Petrobras

 Nesta terça-feira (23), o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, participou de uma audiência pública do Senado sobre o aumento dos preços dos combustíveis.

Durante a reunião, ele argumentou que a companhia não é a única responsável pelos aumentos e que não há monopólio no mercado de combustíveis no Brasil.

Segundo ele, preços artificiais mais baixos poderiam fragilizar o mercado, já que afastariam novos investidores, desestimulariam a importação de combustíveis e trariam risco de desabastecimento.

Senadores discutem a proposta de criação de um "fundo de estabilização" para evitar oscilações abruptas nos valores.

Um projeto de lei sobre o assunto tramita no Senado, mas não há consenso sobre a fonte dos recursos.