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Caso Pavesi: MPMG pede ao STF execução imediata da pena do médico Álvaro Ianhez

Paulo Pavesi teve os órgãos retirados após um diagnóstico forjado de morte encefálica

Lucas de Carvalho*

O caso ocorreu em Poços de Caldas, no Sul de Minas.
O caso ocorreu em Poços de Caldas, no Sul de Minas.
Arquivo pessoal

O Ministério Público de Minas Gerais pede no STF a suspensão de liminar e a execução imediata da pena aplicada ao médico Álvaro Ianhez, condenado por homicídio e retirada ilegal de órgãos do garoto Paulo Pavesi.

Segundo o MPMG, a não execução da pena imposta pelo Tribunal do Júri, mesmo após duas décadas do ocorrido, afronta a memória da vítima e a dignidade dos familiares, além de colocar em dúvida a credibilidade do Sistema Nacional de Transplantes.

No dia 19 de abril deste ano, Ianhez foi condenado a 21 anos e 8 meses de reclusão e foi determinada a execução provisória da pena, com a expedição de mandado de prisão.

No entanto, o Superior Tribunal de Justiça concedeu no último dia 5, uma liminar de habeas corpus ao médico condenado pela morte e retirada ilegal de órgãos de Paulo Pavesi.

A decisão, tomada pelo ministro Rogério Schietti, suspendeu a execução provisória da sentença e de prisão do réu, até o julgamento do mérito desse habeas corpus pela Sexta Turma do STJ.

O caso ocorreu em 2000. Na época, foi declarada morte cerebral forjada ao menino, que tinha 10 anos de idade, e os órgãos dele foram removidos enquanto ele ainda estava vivo.

*Sob supervisão de Laryssa Campos

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