Violência contra mulheres: região sofre com altos índices de casos

Casa da Mulher em Guaratinguetá é uma das iniciativas que oferece assistência às vítimas de violência

Maria Clara Custódio | Bruna Viana - UNIFATEA

Casa da Mulher em Guaratinguetá
Arquivo

A Prefeitura de Guaratinguetá inaugurou no dia 27 de abril de 2024, a Casa da Mulher. Um projeto com foco em atender mulheres que são vítimas de violência doméstica ou psicológica com acolhimentos e ações de capacitação. Para melhor acolhê-las, a reforma no local teve um investimento total de R$462.155,14, contando com parte do duodécimo da Câmara Municipal de Guaratinguetá. 

A Casa da Mulher “Zeila Pozzatti” recebeu este nome como uma homenagem à profissional que foi diretora do Eras (Escritório Regional de Assistência Social) da secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, sediado em Guaratinguetá, de 1977 até 2003.

Em março de 2024, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou um relatório “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil” onde há a informação de que a violência contra mulher aumentou em 2022, e os dados mostram um crescimento de casos com o passar dos anos, que não apresenta diminuição. Na região do Vale do Paraíba, os casos de feminicídio cresceram em 46% nos últimos 3 anos, segundo os dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública).

No momento em que chega a delegacia ou em uma casa de apoio, como a de Zeila Pozzatti, é crucial receber a vítima com cuidado e oferecer-lhe todo o suporte necessário. A coordenadora Mariana Suzuki, da Casa da Mulher em Guaratinguetá, explicou o processo dos primeiros atendimentos quando uma mulher chega à casa, bem como os procedimentos para que um advogado cuide do caso da vítima.

“Ao chegar na casa da mulher nós temos a recepção onde o nome é anotado e é encaminhado diretamente para os técnicos de referência que é a assistente social e psicólogo. A assistente judiciária é de forma gratuita, na realidade toda vez necessário um advogado pedimos ajuda ao Dr. Amandio de Souza Gavinier na OAB e ele sempre concede um advogado”, - explica a coordenadora.

Em Guaratinguetá, segundo o secretário de Assistência Social, Marco Baracho, o município não possui um número muito alto de casos de violência contra a mulher. A iniciativa de implantar a casa é uma medida preventiva e também é um auxílio para as mulheres. “No sentido de oferecer às mulheres toda a possibilidade para que elas tenham um local sigiloso, com atendimento de assistentes sociais, psicólogos, advogados e para que elas possam se sentir mais seguras, antes mesmo de querer fazer um boletim de ocorrência”, complementa o secretário.

O apoio para mulheres é fundamental e de suma importância, ainda mais quando visamos os crescentes números. Em nossa região há uma escassez com relação a casas de apoio para mulheres. Essas poucas residências de acolhimento estão localizadas nas cidades de São José dos Campos, Taubaté, Caraguatatuba, e a Casa PodeRosa em São Sebastião.  

A Casa da Mulher em Guaratinguetá está localizada na avenida Brasil, nº 1.488, no Engenheiro Neiva, com atendimentos das 8h até às 17h. Com atividades para as mulheres além de toda assistência necessária para as vítimas que passam pela situação de violência. 

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