Venda de marmita na região cresce com aumento nos preços dos alimentos

Gás de cozinha e o óleo de soja, fundamentais para o preparo da comida, tiveram alta de 27% e 29% respectivamente

Redação Band Vale

65% dos brasileiros estão optando por levar a famosa ‘quentinha’ para o serviço
Reprodução/ Mundo Boa Forma

O preço da alimentação está pesando no bolso do consumidor brasileiro. Enquanto a inflação do último ano, está na casa dos 12%, o valor de alguns produtos essenciais para as refeições diárias tiveram alta mais significativa.

O Gás de cozinha e o óleo de soja, fundamentais para o preparo da comida, tiveram alta de 27% e 29% respectivamente. Já o preço do leite de caixinha e o café moído, que são itens básicos de um lanche, por exemplo, cresceram 66% e 58% por em um ano, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com os aumentos, quem tem que almoçar fora de casa está tendo que pesquisar bem antes de comprar sua marmita, ou até preparar a refeição em casa. Esse é o caso da maquiadora Jéssica Almeida, de São José dos Campos.

“Não compensa a gente ficar comprando todo dia um marmitex, até porque não está nada barato. A gente não pode colocar a culpa nos donos de restaurante porque tudo subiu, os alimentos tiveram um aumento muito grande. A gente teve que recorrer para fazer a marmita em casa mesmo.”

De acordo com uma pesquisa feita no mês passado pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador, 65% dos brasileiros estão optando por levar a famosa ‘quentinha’ para o serviço. Jéssica relata que está conseguindo economizar com o novo hábito.

“Da pra economizar aproximadamente R$150,00 por mês, se eu fizer a minha própria marmita em casa. Se eu comprasse fora, acredito que eu gastaria até mais do que esse valor, que a gente sempre compra coisas a mais.”

Outra parte dos trabalhadores, estão optando pela agilidade das marmitarias. A Cristiane Sato é proprietária desse restaurante no centro de São José dos Campos, e relata que nos últimos meses, a procura pelos marmitex tem crescido.  

“Ultimamente tem aumentado, acho que pelo fato do tempo das pessoas. O tempo é curto e as pessoas procuram mais a marmita né. E também pela alta nos preços.”

Cristiane também relata que seu restaurante vende cerca de 70 marmitas por dia, e para manter a clientela e alcançar novos públicos, a solução é diversificar o cardápio, sem abrir mão dos pratos tradicionais. 

“A gente tem a Fitness e tem a tradicional também. Temos feijoada, por exemplo, o virado paulista também”, afirma a empresária.

Porém é preciso tomar alguns cuidados com relação a esses alimentos. No caso das marmitarias, a orientação é sempre presar pela confiança do estabelecimento, verificando a qualidade dos produtos e, se possível, realizar até uma visita ao local para vistoriar as condições de preparo.

Já quem prepara sua refeição em casa, é necessário se atentar ao armazenamento e escolha dos itens. O nutricionista Matheus Villela dá algumas dicas.

“Tem que sempre ter uma porção de carboidratos, uma de proteína e também uma de legumes e hortaliça, tanto a salada crua, quanto os cozidos. O armazenamento deve ser feito em um recipiente de vidro com tampa”, comenta o nutricionista. 

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