Desde 2016 a RM Vale enfrenta um processo de saída das empresas, conhecido como “Desindustrialização”. Na época os índices do cadastro geral de empregados e desempregados indicavam um recuo na geração de emprego.
Cenário que piorou com a chegada da Covid-19. O ano de 2020 foi o mais crítico, com alta de 45% nas demissões, em relação as admissões. No ano passado, em 2021, a tendência se repetiu.
A Ford demitiu 800 funcionários e fechou a fábrica em Taubaté. No mesmo ano, foram dispensados 600 trabalhadores da LG no município. E em 2022 foram 485 colaboradores Caoa Chery em Jacareí.
Um grupo de cerca de 200 pessoas também foram demitidas da fábrica da MWL em Caçapava. A empresa teve no fim de setembro sua falência decretada pela Justiça.
Demissões que impactam diretamente na economia da região, como explica a economista Késsia Kamimura:
“Uma vez que você tem uma alteração no rendimento médio e isso impactar no todo, isso repercute na economia como um todo. Vai repercutir no perfil do novo consumidor e na renda da região como um todo.”
Os empregos da indústria em grande parte tem um bom valor de remuneração. E as linhas de produção volumosas, ajudavam a girar a roda de economia da região. Como ressalta o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos Wéler Gonçalves:
“Um emprego da indústria, isso a gente sabe que significa cerca de mais dez que vão perder o seu emprego em toda a cadeia produtiva, sem falar o impacto violentíssimo que isso tem no setor do comércio e no setor de serviço.”