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UTE traz segurança energética e contribui com desenvolvimento do Vale do Paraíba

Projeto criará nova dinâmica econômica no Vale com geração de emprego, compras de bens e serviços da região e criação de programas de controle ambiental, o que inclui uma estação de monitoramento atmosférico

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UTE traz segurança energética e contribui com desenvolvimento do Vale do Paraíba
Divulgação / Banco de Imagens

A Natural Energia investirá R$ 5 bilhões na construção de uma usina da transição energética, a UTE São Paulo, na cidade de Caçapava. O projeto tem como objetivo garantir a segurança energética do País, especialmente na Região Sudeste, e assegurar a viabilidade da expansão das renováveis.

A UTE São Paulo terá capacidade instalada de até 1.750 MW e servirá para assegurar a produção da chamada energia de reserva, necessária para abastecer o sistema elétrico nacional nos períodos de baixa da produção de energia por fontes renováveis, como eólica e solar.

Isso significa que a usina será acionada em alguns períodos e não operará 100% do tempo, o que reduz ainda mais as emissões na região. De acordo com o diretor de institucional da Natural Energia, Luisângelo Costa, a UTE São Paulo será estratégica para ampliar a segurança energética do País, pois será acionada sob demanda em momentos de pico de consumo na região Sudeste, conforme determinar o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). 

“Todos os estudos socioambientais realizados pela Natural Energia mostram que o projeto tem viabilidade econômica e ambiental, e ajudará no desenvolvimento sustentável da região como base importante do setor elétrico brasileiro", afirma o diretor.

Todos esses dados estão sendo apresentados no processo de licenciamento ambiental, coordenado pelo Ibama. As audiências públicas estão marcadas para os próximos dias 2 e 4 de julho, nas cidades de Caçapava e São José dos Campos, respectivamente.

Benefícios Socioambientais

A UTE São Paulo deverá gerar 2 mil empregos diretos, número a ser alcançado entre o 24º e o 28º mês da construção, que deve durar no total 42 meses. O empreendimento priorizará a contratação de mão de obra da região, o que abrirá importante oferta de trabalho para os moradores de Caçapava e cidades próximas, principalmente de jovens e de mulheres acima de 40 anos.

Segundo o diretor de Institucional da Natural Energia, além de criar milhares de postos de trabalho, o projeto permitirá também a criação de diversas oportunidades para fornecedores de bens e serviços da Região do Vale do Paraíba. 

“A implantação da usina contribuirá não só para a segurança energética, mas também para o desenvolvimento econômico de todo o Vale do Paraíba. Na fase operacional, milhares de empregos indiretos poderão ser criados com a vinda de novas empresas para a região, tais como data centers, hospitais, indústrias, shopping centers entre outras”, diz.

O projeto da UTE São Paulo prevê medidas compensatórias que estão previstas no Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar. Essas ações incluem a instalação de uma estação de monitoramento da qualidade do ar na região, em localização ainda a ser definida de forma conjunta com o órgão ambiental. A instalação da estação visa reforçar o monitoramento do ar na região, que atualmente não conta com uma estação desse tipo.

Além disso, quando estiver em funcionamento, a usina fará o monitoramento contínuo das emissões, garantindo o atendimento aos limites estabelecidos nas resoluções ambientais vigentes. Os estudos apresentados ao Ibama mostram que as emissões da usina não representarão qualquer risco de acúmulos de gases na região.

“Outro dado importante é que a emissão de gases de efeito estufa do conjunto do setor elétrico brasileiro no ano passado foi o menor desde 2011, segundo dados do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, o que faz com que o setor tenha baixíssimo impacto em termos de emissões. Embora haja a emissão de dióxido de carbono é importante destacar que esse volume é uma fração das emissões observadas com o desmatamento no Brasil. Estamos falando de emissões muito inferiores à de outros combustíveis, como carvão, gasolina e diesel”, afirma.

O projeto da Usina São Paulo recebeu do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão do Governo do Estado de São Paulo, a declaração de viabilidade para captação de água na região. Devido à nova tecnologia que permite o uso de refrigeração a ar, o volume de água necessário será muito menor do que outras usinas, inferior inclusive a muitas captações existentes na região.

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