A tragédia que deixou 64 mortos em São Sebastião, no Litoral Norte, completa 1 ano nesta segunda-feira (19). O desastre durante o Carnaval do ano passado foi provocado pela maior chuva já registrada na história do país.

Diversas solenidades estão programadas ao longo do dia para relembrar o ocorrido, homenagear as vítimas e acolher as famílias afetadas até hoje.

Entregas do Governo de SP

O governador Tarcísio de Freitas entrega, nesta segunda-feira, 518 moradias no bairro Baleia Verde.

As unidades serão destinadas às famílias atingidas pelas fortes chuvas. No início do mês, outras 186 famílias também foram beneficiadas na região de Maresias, totalizando 704 unidades entregues em um ano.

Ações com os moradores

O Instituto Verdescola realiza, em conjunto com a comunidade local, uma cerimônia ecumênica em memória às vítimas. A proposta é reconhecer a importância dos sobreviventes para a existência e a reconstrução da Vila Sahy, um dos bairros mais afetados pela tragédia.

A ONG, que atua na região desde 2008, também organizou junto à comunidade o ato “A Vila Vive”, que acontecerá das 17h às 18h, na sede do instituto, em parceria com a Associação de Moradores da Vila Sahy. Segundo os organizadores, são esperadas cerca de 300 pessoas no encontro.

Durante a programação, líderes religiosos trarão um momento de comunhão e uma mensagem de esperança para a comunidade. Haverá ainda a apresentação de filmagens com o objetivo de mostrar a evolução da reconstrução da Vila Sahy ao longo destes 12 meses.

Familiares e amigos das vítimas ainda receberão vasos de girassóis, como sinal da força da população local no processo de reconstrução do bairro. 

Também estão previstas a soltura de 64 balões com sementes da mesma planta na encosta onde ocorreram os deslizamentos. De acordo com os organizadores, cada um deles representa uma vida perdida. 

Relembre o caso

Na madrugada do dia 19 de fevereiro de 2023, São Sebastião foi assolada por uma intensa tempestade que resultou em um índice pluviométrico histórico, superando os 600 milímetros, A região da Costa Sul do município foi a mais afetada.

Segundo o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), o acumulado foi o maior já registrado no país. O grande volume de água devastou parte das cidades da região, causou mortes, deslizamentos de encostas, alagamentos, destruiu casas e estradas.

A remoção e identificação dos corpos estendeu-se por vários dias. A tragédia ganhou repercussão em âmbito nacional e internacional.

Os efeitos desastrosos desencadeados pela tempestade resultaram na perda de 64 vidas. Cerca de 3 mil pessoas ficaram desabrigadas.