O empresário Thiago Brennand terá sua pena reduzida e poderá deixar a Penitenciária 2 de Tremembé (SP) antes do previsto, após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Embora o tribunal tenha mantido a condenação por estupro com ameaça e violência, tanto física quanto psicológica, a pena de Brennand foi revista.
Inicialmente condenado em outubro de 2023 a 10 anos e 6 meses de prisão, o TJSP reduziu a punição para 8 anos e 6 meses, levando em consideração a conduta do empresário, as consequências do crime e a relação dele com a vítima. O caso envolve uma mulher americana, residente no Brasil, cuja identidade não foi revelada.
O crime ocorreu na mansão de Brennand, em Porto Feliz, no interior de São Paulo, após o empresário e a vítima se conhecerem durante uma negociação envolvendo um cavalo. A vítima acusa Brennand de tê-la estuprado em sua residência. No total, Thiago Brennand enfrentava nove processos, sendo que três resultaram em condenação e dois foram arquivados.
Preso com outros “famosos”
Brennand chegou disfarçado ao P2, em um carro de ambulância. Ele estava no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, desde que foi preso em abril de 2023, quando foi extraditado para o Brasil após ficar foragido nos Emirados Árabes Unidos.
Além de Thiago Brennand, outro detento de grande notoriedade é o ex-jogador de futebol Robinho, que está preso na Penitenciária 2 (P2) há três meses. Robinho cumpre pena de nove anos de prisão por um estupro cometido na Itália.
Fernando Sastre, empresário e motorista de um Porsche acusado de provocar um acidente fatal em São Paulo no dia 31 de março, também está preso na P2 desde maio. A lista também conta com Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar a namorada Eloá Pimentel, em outubro de 2008. Antes de matar a adolescente, que na época tinha 15 anos, ele a fez de refém por mais de 100 horas em um apartamento na cidade de Santo André. Lindemberg foi condenado a 39 anos de prisão.
As condenações
Brennand possui três condenações por crimes contra mulheres. A primeira foi por uma agressão numa academia de um shopping de luxo, em São Paulo, e a segunda é fruto de uma denúncia de estupro. A outra é de uma massagista que alega ter sido estuprada pelo empresário na mansão dele em um condomínio de luxo em Porto Feliz, interior de São Paulo.