Sindicato faz manifestação contra demissões na Embraer

Ainda hoje será realizada uma audiência para tentar reverter as demissões

Redação

Fábrica da Embraer
Divulgação/Embraer

O sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos realiza na manhã desta quarta-feira (10), em frente à fábrica de Eugênio de Melo, uma manifestação contra as demissões na Embraer. No total foram 2.500 funcionários desligados das unidades da empresa no interior paulista, em setembro de 2020. No período, 1.600 trabalhadores aderiram ao PDV (Plano de Demissão Voluntária). Em São José dos Campos, 502 metalúrgicos são representados pelo sindicato da categoria.

A Embraer justificou a necessidade de redução de 4,5% do efetivo diante dos impactos causados pela pandemia na economia global. Segundo a empresa, no primeiro semestre, houve uma redução de 75% das entregas de aeronaves, em comparação com o mesmo período do ano passado. A situação se agravou com o cancelamento da parceria com a Boeing, em abril de 2020. No período, a fabricante de aeronaves investiu na duplicação de estruturas para atender a separação da aviação comercial durante o acordo.

Audiência no TRT

Hoje, a partir das 13h30, está prevista uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região, online, para julgar o dissídio coletivo, a pedido do sindicato para tentar reverter as demissões. Até agora, já foram realizadas duas audiências de conciliação que terminaram sem acordo. Segundo a categoria, a ação judicial sustenta que as demissões são fruto da “má gestão da empresa na venda fracassada para a Boeing”.

A Embraer informou que desde o início da pandemia, adotou uma série de medidas para preservar empregos como férias coletivas, redução de jornada, lay-off, licença remunerada e três planos de demissão voluntária. A empresa ainda disse que reduziu o trabalho presencial nas plantas industriais com o objetivo de zelar pela saúde dos colaboradores e garantir a continuidade dos negócios. Os três PDVs registraram adesão de cerca de 1,6 mil colaboradores no Brasil.

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