Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região se reuniram com vereadores de Jacareí, na noite de terça-feira (17) e pediram medidas concretas à Câmara para impedir que a Caoa Chery feche sua fábrica no município.
O sindicato pediu que o Legislativo interfira nos planos da montadora, exija o cumprimento do acordo e mantenha a continuidade das negociações com os trabalhadores. O grupo apontou aos vereadores que a montadora teria quebrado um acordo, registrado em ata em 10 de maio.
De acordo com o sindicato, para que hajam medidas efetivas contra a saída da montadora, é necessária a apresentação e aprovação de um projeto de lei que proíba a saída da Caoa Chery, indicando que a indústria automotiva seria de interesse estratégico para o desenvolvimento regional.
O projeto precisa ser criado por um dos vereadores, aprovado em plenário e sancionado pelo Executivo.
Antes, o Sindicato já havia acionado o MPT (Ministério Público do Trabalho) após a Caoa Chery manter a demissão dos 485 trabalhadores na unidade de Jacareí.
Demissão funcionários
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região informou na tarde do dia 5 de maio que a Caoa Chery fechará sua planta em Jacareí e demitirá toda a linha de produção.
A montadora cita que fará o reposicionamento do seu lineup no mercado nacional, com a renovação de sua gama, e assume o compromisso de eletrificar todos os modelos de seu portfólio até o fim de 2023. A Caoa Chery informa ainda que visa aumentar sua competitividade no âmbito nacional e internacional, seguindo os movimentos tecnológicos da indústria automotiva mundial com foco no mercado brasileiro.
A adaptação da unidade de Jacareí, de acordo com a montadora, terá como parâmetro os processos produtivos adotados na fábrica da Caoa em Anápolis (GO).
A empresa decidiu por manter as demissões na fábrica, recuando frente à proposta de layoff feita pelo Sindicato dos Metalúrgicos na semana passada. A decisão foi divulgada no último sábado (14).