Sem UTI Pediátrica, médicos fazem vaquinha online para comprar equipamentos em Ubatuba

Com o aumento dos casos de Covid, em crianças, pediatras pedem ajuda para a compra de máquinas e materiais

Redação Band Vale

Prefeitura e associação se comprometem em ajudar com equipamentos urgentes
Divulgação/Prefeitura de Ubatuba

Um grupo de pediatras, de forma independente, decidiu fazer uma carta aberta sobre a atual situação da Covid-19 em crianças na cidade de Ubatuba, no litoral norte. 

No documento, os médicos alertam sobre a necessidade de R$ 50 mil para comprar equipamentos para atender as crianças, pois a cidade e o litoral norte não contam com UTI pediátrica e sofre com a falta de insumos, que são rapidamente consumidos. Até a publicação desta reportagem, a vaquinha já tinha arrecadado R$ 82 mil.

“É um momento crítico onde os insumos são rapidamente consumidos e a Santa Casa está priorizando a utilização dos recursos de acordo com a gravidade”, diz o trecho.

Uma vaquinha foi criada na internet com intenção de arrecadar dinheiro para a causa. Para garantir o atendimento emergencial, os pediatras listam equipamentos e materiais: Agulha intraóssea (R$ 400,00), 20 máscaras não reinalantes infantis (R$ 800,00), monitor multiparamétrico (R$ 12.000,00), monitor com oxímetro pletismográfico (R$8.000,00), incubadora de transporte neonatal (R$ 25.000,00) , 2 circuitos para cpap nasal: (R$ 600,00), babypuff (R$ 2.000,00). A categoria ainda reforça que Ubatuba possui apenas uma Ambulância UTI para transporte de qualquer pessoa (adulto, criança ou recém-nascido) funcionando no município. “Se saem duas vagas temos sempre que escolher quem vai e quem espera a "próxima viagem".

Na manhã desta segunda-feira (30), representantes da prefeitura e da associação comercial da cidade estiveram na Santa Casa e se comprometeram a doar o valor.

Aumento de Covid em Crianças

Mesmo com a doação, a preocupação é com os casos da doença em crianças, que preocupa os pediatras, principalmente, bebês menores de 2 anos e em menores de 6 meses.

Na carta, ainda é dito que surtos e lotações em UTIs pediátricas ocorrem com frequência no outono, mas com o isolamento social do ano passado, as crianças não tiveram a oportunidade do contato e consequentemente não adquiriram os anticorpos e imunidade contra as viroses. Esse ano, o número é maior do que o esperado de doenças respiratórias infantis e ainda agravado pela Covid-19.

Para fazer a doação, basta acessar o site da campanha.

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