São José dos Campos rejeita argumentos da Itapemirim e quer rescisão contratual

Secretário de Mobilidade Urbana revelou a decisão em entrevista no Vale Urgente

Redação Band Vale

A Prefeitura de São José dos Campos não aceitou os argumentos dados pela Itapemirim por não ter apresentado o contrato de aquisição dos veículos que devem ser usados no novo sistema de transporte público da cidade. A informação foi dada em primeira mão no Vale Urgente.

Com isso, segundo o secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Guimarães, a prefeitura irá solicitar a rescisão contratual com a Itapemirim, que venceu as licitações para operar os dois lotes do transporte público no município, incluindo a linha verde.

O imbróglio teve início nesta semana após a Itapemirim não apresentar o contrato de aquisição dos mais de 400 veículos que realizariam o serviço na cidade. Na ocasião, Felicio Ramuth informou que notificou o grupo para encaminhar o contrato até esta sexta-feira.

No entanto, nesta sexta, a Itapemirim apresentou apenas documentos justificando o atraso. Após análise, o secretário Paulo Guimarães informou que os quatro itens divulgados pela empresa não eram plausíveis para quem um novo prazo fosse dado.

“Vamos responder à Itapemirim que os argumentos não foram acatados e imediatamente está sendo aberto a penalização por descumprimento de contrato. Todo direito à ampla defesa será dado. Mas culmina e caminha para rescisão contratual. E vamos programar isso para o mais rápido possível”.

Em nota a Prefeitura afirma que os atuais contratos de concessão possuem vigência até outubro de 2022, e estão tomando todas as medidas para a continuidade do funcionamento do sistema de transporte público coletivo da cidade, sem prejuízo para a população.

CRISE NA ITAPEMIRIM

A Itapemirim passa por grave crise financeira e isso reflete nas outras cidades onde atua. Além disso, o braço aeroviário da Itapemirim entrou em recuperação judicial, cancelando os voos de milhares de pessoas às vésperas do Natal.

De acordo com a Agência Brasil, a Itapemirim também reduziu o número de linhas atendidas no Brasil. Os pedidos de supressão de linhas e de paralisação definitiva de atendimento envolvem 16 linhas e 73 mercados operados pela Itapemirim e 12 linhas e 52 mercados operados pela Viação Caiçara, que também faz parte do grupo.

A empresa alega que o plano de reestruturação visa redução de custos e aumentar os resultados de longa distância.

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