Rafael Ilha relembra nove overdoses e explica como deixou o vício das drogas

Ex-Polegar participou do programa Falando Nisso, da Band Vale, e relembrou trajetória de superação

Redação Band Vale

Ex-Polegar Rafael Ilha relembrou as overdoses e como superou o vício das drogas Reprodução/Band Vale
Ex-Polegar Rafael Ilha relembrou as overdoses e como superou o vício das drogas
Reprodução/Band Vale

O ex-Polegar Rafael Ilha relembrou em detalhes no programa Falando Nisso, da TV Band Vale, da sua luta contra o vício das drogas. Aos apresentadores Solange Moraes e Lucas Sanseverino, ele contou que teve nove overdoses e chegou a fumar 70 pedras de crack por dia.

Rafael Ilha fez sucesso como integrante do grupo musical Polegar, onde era um dos principais integrantes. Ele lembra que conheceu as drogas antes de entrar no grupo, mas que o vício em cocaína veio depois de deixar a banda.

“Comecei a trabalhar aos nove anos de idade com campanhas publicitárias. Com 12 anos, fiz o teste para o Polegar e entrei. Dos 12 para os 13 anos, foi a época em que conheci as drogas. O álcool e a maconha, através de festinhas que eu ia. Quando entrei para o Polegar, eu parei com tudo. Eu conheci a cocaína aos 15 anos de idade, através de uma namorada mais velha que eu tinha. Ela falou “quer experimentar?”, eu experimentei e me tornei, imediatamente um viciado. Neste mesmo ano, eu passei pela minha primeira internação”, relembrou.

A partir daí, o vício tomou as decisões de Rafael Ilha, que passou a consumir crack e cocaína de forma exagerada. Ele lembra que chegou a pesar 42 quilos devido ao uso do crack.

“Eu tive nove overdoses com parada cardíaca. Quando parei com o crack, eu estava fumando 70 pedras por dia. Hoje, eu tenho 60, 62 quilos. Na época, eu estava com 42. A droga me levou ao fundo do poço".

Atualmente, Rafael Ilha faz palestras sobre como superou o vício. Ele não consome drogas há 20 anos e espera que sua sobriedade ajude novas pessoas a evitarem ou pararem com o uso de entorpecentes.

“Eu cansei de sofrer. Eu parei. Perdi tudo o que eu mais amava. Eu troquei tudo por uma pedra de crack. Me internei por um ano e seis meses, sem tempo para sair. Eu perdi 13 anos da minha vida, como escravo das drogas, escravo do vício”.

O ex-Polegar é a favor da internação compulsória e lembra que foi dessa forma que conseguiu superar o vício das drogas. Mas também reforça que o carinho é importante para que o viciado troque a vontade de consumir entorpecentes por uma nova perspectiva de vida.

“Tem que ter uma intervenção, não só familiar, mas também do Estado. Se não tivesse intervenção, eu hoje estaria morto. A primeira vontade para você despertar de se livrar do vício é ser recebido com carinho, ser tratado com carinho, desde o atendente que abre a porta até o médico psiquiatra que vai fazer o atendimento”.

O Programa Falando Nisso, apresentado por Solange Moraes e Lucas Sanseverino, vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 14h30, na tela da TV Band Vale

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