Preso em Tremembé (SP), Robinho passa a dividir cela e pode receber visitas

Ex-jogador estava alojado em uma cela, com dimensões de 2m x 4m para passar pelo regime de observação que durou 10 dias; visitas na P2 acontecem aos finais de semana

Redação Band Vale

Preso em Tremembé (SP), Robinho passa a dividir cela e pode receber visitas
Robinho passa a Páscoa na cadeia e receberá visitas na próxima semana
Reprodução | Band

Condenado a 9 anos de prisão por estupro e preso na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, conhecida como a "cadeia dos famosos", o ex-jogador de futebol Robinho, começou a dividir cela e poderá receber visitas

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) informou que Robinho estava alojado em uma cela, com dimensões de 2m x 4m, destinada ao regime de observação, medida padrão que durou por 10 dias. A medida terminou neste domingo de Páscoa (31). As visitas na P2 acontecem aos finais de semana. 

A prisão de Robinho ocorreu na madrugada da última do dia 22/03. Ele foi detido após a Justiça Federal de Santos cumprir ordem do Superior Tribunal de Justiça, que determinou a prisão. Ele foi levado até a sede da PF e depois encaminhado para a penitenciária de Tremembé. 

Durante o processo de inclusão, o ex-jogador recebeu um número de matrícula no sistema prisional e um kit padrão, composto por uniforme, materiais de limpeza e higiene pessoal, entre outros itens básicos. Quanto à alimentação, Robinho seguiu o cardápio padrão da SAP, fornecido a todos os custodiados da penitenciária. Ele agora passa a realizar todas as atividades junto com os demais presos

“Cadeia dos famosos”

O destino do acusado é a P2 de Tremembé (SP), conhecida como a “Cadeia dos Famosos”. A penitenciária é conhecida nacionalmente por abrigar detento de casos de grande repercussão, como Alexandre Nardoni, Gil Rugai, Cristian Cravinhos e Lindemberg Alves (Veja mais sobre o crime de cada um deles abaixo)

A Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, popularmente conhecida como P2, costuma receber presos de casos de grande comoção social. A unidade tem capacidade para mais de 390 presos entre o regime semiaberto e fechado. Construída em 1948, a Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado passou por uma reestruturação significativa após uma rebelião em 2000, que resultou na destruição parcial de suas instalações. 

Desde 2002, tornou-se destino para os denominados "presos especiais". Em reconhecimento à sua gestão exemplar, a penitenciária recebeu o prêmio de "Modelo de Gestão Penitenciária" em 2003. A capacidade da penitenciária é projetada para acomodar até oito presos por cela, sem enfrentar problemas de superlotação. Ademais, há nove celas individuais disponíveis. 

Oferecendo oportunidades de trabalho e educação, os detentos têm acesso a uma variedade de atividades produtivas, como a participação em uma oficina de reforma de carteiras escolares, uma fábrica de fechaduras, uma unidade de produção de pastilhas desinfetantes para vaso sanitário, e uma oficina de artesanato. Além disso, são oferecidas aulas de teatro e grupos de leitura, visando à reabilitação dos detentos e à remição de suas penas.

A unidade está integrada a um complexo prisional da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o qual inclui mais quatro unidades na mesma cidade. Essas instalações compreendem três penitenciárias e um centro de progressão. Entre elas, a P1 Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier é destinada à custódia de detentas ilustres como Suzane Richthofen, Elize Matsunaga e Ana Carolina Jatobá.

Os "detentos famosos" e seus respectivos status na P2 de Tremembé são:

  • Alexandre Nardoni: Continua na P2 de Tremembé;
  • Cristian Cravinhos: Continua na P2 de Tremembé;
  • Daniel Cravinhos: Já deixou a prisão;
  • Gil Rugai: Continua na P2 de Tremembé;
  • Pimenta Neves: Deixou a P2 em 2016;
  • Mizael Bispo: Beneficiado com o regime aberto;
  • Edinho (filho de Pelé): Saiu da prisão em 2019;
  • Roger Abdelmassih: Segue cumprindo pena;
  • Fabinho Fontes: Já deixou a prisão;
  • Lindemberg Alves: Cumpre pena no regime semiaberto.

Caso Robinho 

Os ministros do STJ não examinaram as provas e o mérito da decisão da Justiça italiana, mas julgaram se foram preenchidos todos os requisitos legais para que a pena de prisão seja cumprida no Brasil, conforme requerido pela Itália. 

Robinho foi condenado na Itália em 2017 pelo crime que aconteceu em 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, e a vítima era uma jovem albanesa. Outros cinco brasileiros foram denunciados por participação no caso, mas apenas Robinho e Ricardo Falco foram levados a julgamento na Itália. 

Em 2022, a corte italiana julgou a última instância e chegou ao veredito final da condenação de Robinho por nove anos. Por ser cidadão brasileiro, o jogador não foi extraditado.

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