Prefeitura muda projeto e desiste de modernização do museu Monteiro Lobato

Otávio Baldim, TV Band Vale

Museu Monteiro Lobato Reprodução/TV Band Vale
Museu Monteiro Lobato
Reprodução/TV Band Vale

Principal destino cultural dos taubateanos, o Museu Monteiro Lobato, conhecido também como Sítio do Picapau Amarelo, continua parado no tempo. 

O local estava no radar de um ambicioso projeto de modernização que iria digitalizar o acervo do escritor e disponibilizar recursos tecnológicos no casarão que permitiriam uma maior interação com o público, além de apresentar uma linguagem mais atual para apresentar as obras de Lobato às novas gerações. 

O município havia sido contemplado em 2019 com R$ 200 mil do ProAC, o Programa de Ação Cultural, ligado ao governo do estado de São Paulo, para executar o projeto. Mas, no meio do caminho, a ideia original foi revista e proposta inicial alterada. Com isso, o prometido museu interativo deve se resumir a um site, com o acervo de Monteiro Lobato disponível para consulta. 

“A alteração foi proposta pela empresa que venceu o edital e aprovada pela Secretaria de Cultura do Estado que levou em conta o atual cenário de pandemia e que novos estudos seriam necessários para pensar em um novo modelo de exposição com equipamentos que atendam as medidas sanitárias. Com isso, o museu Monteiro Lobato vai ganhar um site interativo com os levantamentos e as pesquisas realizadas durante os trabalho”, explica o gestor da área de museus, patrimônio e arquivo histórico da prefeitura, Fernando Paschoal de Oliveira. 

Futuramente, o município deve investir na estrutura física do casarão e também na exposição permanente do museu, mas ainda sem data para o início dos trabalhos. 

O produtor cultural, Pedro Rubim, critica a falta de transparência do projeto de modernização do museu. “Seria fundamental que esse projeto fosse melhor detalhado e que apresentasse Monteiro Lobato além da literatura infantil, mas também a vida e obra dele. Espero que o Sítio do Picapau Amarelo ocupe de fato o espaço de museu histórico”, finaliza.  

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