"Predador sexual" e assassino: Polícia aprofunda investigação de crimes em São José dos Campos

Inquérito Policial inicial investiga um homicídio ocorrido em 2018; suspeito, que já está preso, tem um histórico de envolvimento com outros casos e que frequentemente abusava de meninas em situação vulnerável

Redação Band Vale

Casos seguem em investigação pela Delegacia de Homicídio de São José dos Campos
Divulgação

Um Inquérito Policial instaurado pela Delegacia de Homicídios de São José dos Campos (SP) está investigando um homicídio ocorrido em 2018. O caso envolve o encontro de um corpo em estado de decomposição em uma área isolada da cidade. A vítima, inicialmente não identificada, foi encontrada com sinais de perfurações, possivelmente causadas por disparos de arma de fogo, dois deles na região do peito e um no maxilar direito. 

A circunstância em que o corpo foi encontrado, em uma vala em local afastado, sugere uma tentativa de ocultação do cadáver, possivelmente para dificultar a investigação e ocultar a autoria do crime.

A vítima foi posteriormente identificada, e a investigação apontou a presença de algumas testemunhas que conheciam as pessoas que, conforme relatos, possivelmente estiveram envolvidas no caso. Entre essas testemunhas, foi destacada uma pessoa que relatou ter conhecimento sobre o comportamento violento e criminoso do principal suspeito

Sobre o suspeito 

A testemunha descreveu o suspeito como alguém com histórico de agressões, ameaças e envolvimento com drogas e álcool, o que poderia ter motivado o crime. A testemunha afirmou ainda que a vítima mantinha contato frequente com esse suspeito e com sua parceira, que também era descrita como sendo vítima de violência por parte do suspeito.

De acordo com os relatos, em um evento social ocorrido pouco antes do homicídio, o suspeito teria tentado forçar uma das pessoas a ter relações sexuais com ele, sendo impedido pela sua parceira. Essa situação gerou um contexto de tensão, com a vítima se envolvendo com o suspeito e sua parceira, o que teria levado ao crime.

Histórico de crimes

Além disso, informações obtidas durante as investigações revelaram que o suspeito possuía um histórico de envolvimento com outros crimes, incluindo a morte de uma pessoa, em circunstâncias semelhantes. A equipe da Delegacia de Homicídios também fez a conexão com um outro caso de homicídio ocorrido em 2015, envolvendo uma vítima jovem, com detalhes semelhantes aos encontrados no caso em questão.

Com o avanço das investigações, novas informações foram surgindo, incluindo relatos de outras vítimas, que detalharam abusos cometidos pelo suspeito. As testemunhas afirmaram que o homem frequentemente abusava de meninas em situação vulnerável, manipulando-as com o fornecimento de drogas e bebidas alcoólicas. Esses depoimentos ajudaram a reforçar a suspeita de que o autor dos crimes teria sido o mesmo em ambos os casos.

Prisão

O suspeito foi preso recentemente em uma operação que culminou em sua captura após o período de fuga. Durante o interrogatório, ele foi confrontado com os relatos de testemunhas que ligavam seu nome ao homicídio. A polícia também colheu informações de novas vítimas que se apresentaram voluntariamente para relatar abusos sofridos no passado.

Segundo a Delegacia de Homicídios, através das investigações, foi possível identificar algumas características do suspeito, que revelam seu comportamento agressivo e predatório:

  • Predador Sexual: Anderson apresenta um padrão de comportamento abusivo, especialmente direcionado a mulheres e meninas jovens. Muitas de suas vítimas estavam em situações de vulnerabilidade, como sob efeito de álcool ou drogas. Ele age com crueldade, sem empatia pelas suas vítimas.
  • Tendências Violentas e Agressivas: A história criminal de Anderson inclui homicídios qualificados e abusos, que frequentemente envolvem atos brutais. Ele não hesita em recorrer à violência extrema para atingir seus objetivos, como demonstrado pelos homicídios de Marimar e Vitória, além da tentativa de homicídio contra Monica.
  • Manipulador e Intimidador: Anderson utiliza ameaças e força física para controlar e silenciar suas vítimas. Sua companheira, Patrícia, frequentemente foi cúmplice de seus atos, sendo manipulada por ele, que demonstrava completo domínio sobre ela.
  • Narcisismo e Impulsividade: Anderson se vangloria de suas passagens policiais e utiliza essas experiências passadas como forma de intimidar e estabelecer sua superioridade. Além disso, há indícios de comportamentos impulsivos, especialmente quando está sob o efeito de substâncias como álcool e cocaína.
  • Ausência de Remorso: O suspeito demonstra total desprezo pela lei e pelas consequências de suas ações. Isso é evidenciado pelo período em que permaneceu foragido e pelas novas práticas criminosas cometidas durante esse tempo.

Investigação dos crimes

A polícia continua analisando outros casos semelhantes que ocorreram durante o período em que o homem esteve foragido, tentando estabelecer conexões entre as vítimas e o acusado. 

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