Polícia Federal abre inquérito para investigar atentado no assentamento em Tremembé

Pedido foi feito pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública neste sábado (11), e divulgada pelo presidente Lula

Redação Band Vale

Polícia Federal abre inquérito para investigar atentado no assentamento em Tremembé
Polícia Federal abre inquérito para investigar atentado no assentamento em Tremembé
MST Vale do Paraíba

A Polícia Federal abriu na manhã desta segunda-feira (13), um inquérito para investigar o atentado no assentamento Olga Benário, que aconteceu na noite da última sexta-feira (10), em Tremembé. Segundo a PF, as diligências estão em andamento. 

O pedido da investigação pela PF foi feito pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no último sábado (11), e divulgada pelo presidente Lula. Sobre a investigação da Polícia Federal, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que ela será feita de forma "harmônica" à ação da Polícia Civil.

O caso

Segundo o boletim de ocorrência, os criminosos chegaram em cinco carros e três motos e dispararam contra as pessoas que estavam no local. O caso foi no assentamento Olga Benário. Gleison Barbosa Carvalho, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, de 53, que era líder do assentamento, foram mortos no local. Outras cinco pessoas ficaram feridas e seguem internadas

Ainda de acordo com a polícia, o crime aconteceu por motivos de disputa pela compra de um terreno. No sábado à noite, a Seccional de Taubaté confirmou a prisão do suposto mandante do crime, conhecido como "Nero". 

No domingo, ele teve a prisão temporária decretada e estava preso no Centro de Triagem. O suposto mandante já tinha passagens policiais por porte ilegal de arma de fogo. No domingo, a Justiça decretou a prisão temporária do segundo suspeito de envolvimento no atentado. Ele ainda não foi localizado.

As vítimas foram veladas no domingo de manhã no cemitério municipal de Tremembé. À tarde, os homens foram ser cremados no Memorial Sagrada Família.

O ministro Paulo Teixeira e a ministra de Direitos Humanos, Macaé Evaristo, participaram do velório. Segundo a ministra, o programa de proteção de direitos humanos e ambientais vai começar a ouvir hoje as famílias do assentamento. A equipe do MDHC está montando a agendar das visitas com o MST. Essa informação ainda será divulgada.

Segundo o MST, há anos o assentamento Olga Benário é alvo de uma disputa imobiliária para o turismo de lazer. O movimento disse que as famílias que vivem no local sofrem ameaças e que diversas denúncias já foram feitas.

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